O jornal impresso vai ser "rei" nos Estados Unidos apenas por mais sete a dez anos.
Já na Índia, o impresso vai reinar por mais 50 anos --e o Brasil se aproxima do modelo indiano.
Essa foi a previsão de Earl Wilkinson, presidente da Inma (International Newsmedia Marketing Association), ontem, em palestra no Seminário Internacional de Jornais. O evento termina hoje.
A circulação dos jornais cresce em países com classe média em expansão e taxas significativas de analfabetismo, como a Índia, e, em menor escala, no Brasil, disse Wilkinson.
O presidente da Inma não acredita que o iPad esteja revolucionando os jornais, pelo menos não ainda.
"A US$ 800, os tablets não são um fenômeno de massa e não alteram de forma fundamental o modelo da indústria de jornais", afirmou Wilkinson.
"Mas, daqui a uns quatro anos, quando o iPad for mais leve, mais rápido e estiver custando só cerca de US$ 100, a classe média baixa vai comprar os tablets e vamos começar a ver o jornal on-line substituir o impresso."
ADAPTAÇÃO
Segundo Wilkinson, os donos de jornais precisam se adaptar a esse novo modelo, que é inexorável.
"A melhor maneira é apostar nos pacotes de assinaturas, que combinam acesso a iPad, internet, smartphone e impresso, e incorporam a ideia de jornal a qualquer hora em qualquer lugar."
Marcelo Benez, presidente da divisão da Inma para a América Latina e diretor de Publicidade-Noticiários da Folha, falou da transição do jornal para um modelo multiplataforma.
"Pensando em leitores e anunciantes, nós nos transformamos em um provedor de conteúdo por meio de um leque de plataformas, texto e vídeo, internet, iPad, smartphone e impresso."
"Nós estamos estimulando os anunciantes a participar pensando campanhas que abrangem todas as plataformas", afirmou Benez.
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