Fifa investe US$ 200 mi em desenvolvimento
Entidade máxima do futebol explica, no Soccerex, como ajuda suas associadas na organização de competições e no marketing
As principais potências do futebol mundial compõem dentro dos quadros da Fifa uma elite, tanto na produção de craques quanto na geração de recursos através de contratos de patrocínio e venda de direitos de televisão. Mas esta não é uma realidade na grande maioria dos 208 países membros da entidade máxima do futebol. O diretor da divisão de desenvolvimento e associação dos membros da Fifa, Thierry Regenass, liderou o workshop "Performance", nesta terça-feira 29 no Soccerex, para mostrar como a entidade cuida do desenvolvimento das federações menos abastadas. No total, são US$ 200 milhões investidos anualmente para atender as necessidades de todas suas associadas em cada canto do planeta.
Cada um das 208 federações associadas recebe anualmente US$ 250 mil para desenvolver campeonatos e centros de treinamento, em ações que precisam ser reportadas à federação para que o subsídio continue sendo pago. Adicionalmente, cada uma das seis confederações continentais recebe um adicional de US$ 5 milhões nas mesmas condições. “Para os principais países membros trata-se de uma mesada, mas para a maioria são recursos fundamentais. É missão da Fifa ajudar estes a alcançarem melhores patamares tanto em desenvolvimento técnico do futebol quanto na capacidade de gerar e gerir recursos", disse Regenass.
Nesse sentido, além da “mesada”, a entidade oferece ainda o programa "Performace" a países com necessidades mais imediatas ou específicas. Numa espéice de clínica que dura de dois a três anos, a federação oferece aos membros todo tipo de consultoria para organizar certames, venda de bilhetes, estruturar departamentos de marketing e criar programas para desenvolver o futebol nos países. Atualmente, são 72 os membros já beneficiados pelo "Performance". A Colômbia foi um dos últimos países a receber o programa visando a organização do compeonato mundial de futebol sub-20, realizado em agosto com vitória do Brasil. Sem condições técnicas de organizar o evento dentro dos padrões exigidos pela Fifa, a federação colombiana solicitou a ajuda e fez um treinamento intensivo entre fevereiro de 2010 e agosto deste ano. No período, além do auxílio na gestão e na captação de patrocínios locais, a federação também ajudou o pais a criar um sistema de vendas de ingresso com antecedência. “A cultura do meu país era a de se comprar os ingressos um dia antes ou no dia do jogo, com assentos livres. Não exista a noção de se comprar meses antes, com lugar marcado”, contou Rodrigo José Cobo, diretor geral da federação colombiana no workshop.
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