O Grupo SHC, representante dos negócios da JAC Motors do Brasil, anunciou que irá protocolar nesta sexta-feira (7), no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em Brasília, plano detalhado do seu projeto para a implantação de uma fábrica de automóveis da marca no Brasil, com previsão para ficar pronta em 2014. Com capacidade para produzir 100 mil unidades anuais em dois turnos, a montadora prevê que fábrica irá criar 3,5 mil novos empregos diretos. Ela seria instalada no Polo de Camaçari, na Bahia.
De acordo com a empresa, o investimento será de R$ 900 milhões, oriundos de capital misto (80% do Grupo SHC e 20% da JAC Motors, da China). A empresa diz que se trata da primeira montadora de automóveis de grande volume do Brasil, que produz modelos abaixo de R$ 50 mil, com controle totalmente nacional.
O projeto inclui um centro de desenvolvimento de novas tecnologias – como a adoção de um motor com sistema de alimentação flex com sistema de partida a frio por intermédio de pré-aquecimento de bicos injetores –, centro de estilo e design (previsão de 50 profissionais), laboratórios de controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional, além das etapas de produção, como armação de carrocerias, soldagem, pintura e montagem final. As fases de estamparia de componentes e produção de motores estão previstas para os próximos anos.
A decisão de protocolar o projeto completo da fábrica no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior surgiu após uma reunião na última terça-feira (4) entre o acionista do Grupo SHC e presidente da JAC Motors Brasil, Sergio Habib, e o secretário-executivo adjunto do MDIC, Ricardo Schaefer.
Habib disse esperar que, manifestando objetivamente a decisão da JAC Motors de construir uma fábrica no Brasil, o governo federal crie condições para alterar a decisão de impor alíquota maior do Imposto para Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados.
O aumento de 30 pontos percentuais do IPI para carros importados de fora da Argentina, Uruguai e México foi anunciado no dia 15 de setembro pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O preço dos carros importados que a medida engloba pode subir de 25% a 28%.
Para carros nacionais serem isentos do IPI maior, eles precisam ter, no mínimo, 65% de conteúdo nacional e regional, e as montadoras devem fazer investimento no desenvolvimento de novas tecnologias.
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