O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária - Conar - abriu um processo para investigar a campanha publicitária "Hope Ensina", da Hope, protagonizada pela modelo Gisele Bündchen.
A representação foi aberta depois que o órgão recebeu 20 protestos enviados por e-mail por consumidores, tanto homens quanto mulheres, que reclamaram do suposto teor discriminatório mostrado pela propaganda. Hoje, o Conar deve fazer a nomeação de um relator para cuidar do caso. O julgamento deve ocorrer daqui a cerca de um mês.
No filme, criado pela Giovanni+Draftfcb e lançado pela marca de lingeries no dia 20 deste mês, Gisele Bündchen aparece usando roupas íntimas para sugerir às mulheres brasileiras que usem a sensualidade na hora de dar uma notícia desagradável ao marido.
Na última quarta-feira (28), a Hope enviou uma carta à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), órgão de onde partiram os protestos iniciais, em que se defende das acusações dizendo que os exemplos citados nos filmes "nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal".
"Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", diz a nota.
"Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", diz a nota.
O órgão, no entanto, já havia encaminhado ofícios ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda.
Hoje, o diretor de criação da campanha, Adilson Xavier, tentou explicar o que está acontecendo, e chegou a classificar como "ridícula" a polêmica gerada em torno das peças. O publicitário enfatizou que os comerciais foram criados para uma marca que vende lingeries, o que torna, no mínimo, estranho, mostrar a modelo de roupa. "Temos que entender qual o produto que estamos mostrando", disse Xavier.
Hoje, o diretor de criação da campanha, Adilson Xavier, tentou explicar o que está acontecendo, e chegou a classificar como "ridícula" a polêmica gerada em torno das peças. O publicitário enfatizou que os comerciais foram criados para uma marca que vende lingeries, o que torna, no mínimo, estranho, mostrar a modelo de roupa. "Temos que entender qual o produto que estamos mostrando", disse Xavier.
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