A Apple aumentou seu valor de marca em 58% e desbancou a Nokia do top 10 no ranking das marcas mais valiosas do mundo, de acordo com a consultoria de branding Interbrand.
O levantamento, divulgado hoje, posiciona a Coca-Cola na liderança pelo 12º ano consecutivo - a marca vale 71,861 bilhões de dólares - e mostra o enorme crescimento da grife criada por Steve Jobs, que saltou nove posições e passou a ocupar o 8º lugar, valendo 33,492 bilhões de dólares. No ano passado (veja o ranking de 2010), quando estava na 17º posição, a marca já havia valorizado 37%.
As marcas de tecnologia continuam sendo as que mais crescem. Sete das 10 mais valiosas são do segmento de tecnologia: IBM (2°), Microsoft (3°), Google (4°), GE (5°), Intel (7°), Apple (8ª) e Hewlett-Packard (10°).
Apple, Amazon.com (26°), Google e Samsung (17°) foram as quatro empresas que mais subiram posições no ranking. Uma das poucas novatas é a HTC (98°), fabricante de aparelhos móveis.
A escalada dessas marcas torna ainda mais aparente a fragilidade da Nokia, que com uma perda de 15% no valor de marca, caiu para a 14ª colocação. A explicação para a queda, segundo Alejandro Pinedo, diretor da Interbrand do Brasil, pode estar no atraso da empresa perante as concorrentes na hora de acompanhar o que os consumidores mais procuram:
"A Nokia perdeu o bonde dos smartphones. A marca vem fazendo movimentos para se recuperar, como uma parceria com a microsoft, por exemplo, mas só poderemos ver se isso trará resultados a partir dos próximos rankings", explica.
Além das marcas de tecnologia, o último ano foi marcado também pelo ressurgimento da Nissan Motor, a segunda maior fabricante de veículos do Japão. Ausente das "Melhores Marcas Globais" desde 2007, a marca retornou ao ranking na 90° posição.
A recuperação da montadora, segundo Pinedo, foi possível graças à rápida capacidade de reação demonstrada depois dos tsunamis que atingiram o Japão no início deste ano.
O mercado de luxo também desponta com a Louis Vuitton (18°), Gucci (39°), Hermès (66°), Cartier (70°), Tiffany (73°), Moët & Chandon (77°), Armani (93°) e Burberry (95°).
"O único ano em que as marcas de luxo perderam valor foi em 2009, fruto da crise econômica. Fora isso, todas aumentaram de valor. Neste ano, a marca que mais chamou atenção foi a Burberry, que aumentou lucro e vendas, ampliou a quantidade de lojas e tem feito um trabalho brilhante de relacionamento com consumidores em redes socias. Tudo isso reflete positivamente para o valor da marca."
Outro setor de destaque é o mercado financeiro. Após a crise econômica de 2008, as marcas financeiras continuam lutando, especialmente as sediadas nos Estados Unidos.
Citi (42°), Barclays (79°), Credit Suisse (82°) e UBS (92°) viram uma pequena diminuição no valor de suas marcas no ranking deste ano.
O suíço Zurich (94°) e o espanhol Santander (68°) demonstraram comprometimento em reconquistar a confiança dos consumidores e em restabelecer uma forte ética nos negócios.
Veja as 10 mais valiosas em 2011
Posição | Marca | Valor em bilhões (US$) | Variação em relação a 2010 |
1 | Coca-Cola | 71,861 | 2% |
2 | IBM | 69,905 | 8% |
3 | Microsoft | 59,087 | -3% |
4 | 55,317 | 27% | |
5 | GE | 42,808 | 0% |
6 | McDonald's | 35,593 | 6% |
7 | Intel | 35,217 | 10% |
8 | Apple | 33,492 | 58% |
9 | Disney | 29,018 | 1% |
10 | Hewlett-Packard | 28,479 | 6% |
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