quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Redes sociais como plataforma de venda

O e-commerce está mudando.  E esta mudança se deve a uma nova modalidade de negócios chamada social commerce, que engloba as relações de compra e venda que acontecem nas diversas plataformas das redes sociais. O social commerce tem sido apontado como a nova tendência dos negócios online.

 
Se antes somente as grandes empresas tinham estrutura para montar e gerenciar uma operação de vendas online, a criação e popularização das redes sociais abriram espaço para que comerciantes de todos os portes estejam presentes no comércio eletrônico, segmento que cresce 40% ao ano, segundo dados da 23ª edição do relatório WebShoppers, da e-bit. 
 
E estamos falando de comerciantes de todos os portes mesmo: profissionais autônomos, revendedores, consultoras de cosméticos, artesãos, prestadores de serviços e  muitos outros profissionais que não possuem websites ou lojas virtuais, mas que agora têm a possibilidade de entrar no jogo e alcançar mais facilmente os consumidores online. 
 
Com uma força mobilizadora impressionante, as redes sociais são acessadas por 85% dos internautas brasileiros, de acordo com dados da comScore, e oferecem diversas possibilidades de relacionamento com os compradores. Portanto, são as boas aliadas dos micro, pequenos e médios comerciantes que desejam vender na internet.
 
Outra vantagem para os vendedores que querem gerenciar seus negócios tendo as redes sociais como plataforma: não são necessários grandes investimentos tecnológicos ou de infraestrutura. Basta um computador com acesso à internet.
 
Twitter, Facebook e Orkut, as três redes mais populares no País, podem ser as vitrines para a divulgação de produtos, novidades e promoções. Também são excelentes ferramentas para a prospeção de novos clientes e um eficiente canal de atendimento ao consumidor, que recebe sugestões, críticas e responde dúvidas. 
 
Para alavancar o social commerce entre pequenos e médios vendedores, existem no mercado algumas soluções que viabilizam todo o processo de venda, inclusive a efetivação do pagamento. Por exemplo, já é possível utilizar aplicativos simples para montar lojas virtuais dentro do Facebook.
 
Outra solução interessante possibilita o recebimento de pagamentos por e-mail, adequada para vendedores que não têm estrutura para manter contratos com empresas de cartões de crédito ou bancos. As negociações acontecem nas redes sociais, e o pagamento é realizado por e-mail.
 
Para o comprador também é vantajoso quando os comerciantes estão no Twitter, Facebook ou Orkut. Há a economia de tempo - afinal não existe a necessidade de parar de navegar nas redes sociais para ir a alguma loja virtual -, a possibilidade de trocar experiências e checar as opiniões de outros consumidores (um dos fatores decisivos no processo de compra) e de se relacionar mais diretamente com o vendedor.
 
Tem muita gente de olho no social commerce. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, deu seu aval e afirmou em entrevistas que o social commerce é o próximo grande negócio da internet. Um estudo da consultoria Booz&Co estima que o social commerce global movimentará 5 bilhões de dólares em 2011 e saltará para os 30 bilhões de dólares até 2015.
 
Por Mario Mello, presidente do PayPal no Brasil

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