“Os jornais devem ser ecumênicos nos tablets”
Para Afonso Cunha, do Grupo Lance, títulos devem estar presentes em todas as tecnologias digitais em busca da monetização do conteúdo
Mesmo com o crescimento da circulação impressa, o avanço do mundo digital é irrefreável e impõe novos desafios para os jornais. Neste cenário, é premente lançar mão de estratégias para gerar receitas com o conteúdo digital formatado (versões do impresso para PC e tablets, por exemplo) e não formatado (material para sites e celulares).
Em meio a um universo de opções, que incluem o iPad, líder de mercado e que utiliza o sistema operacional iOS, e uma série de outros tablets que utilizam o Android, os jornais devem ser ecumênicos, acredita Afonso Cunha, diretor executivo de negócios do Grupo Lance. “Com a perspectiva de divisão de mercado entre iPad e Android, as estratégias para monetizar o conteúdo digital devem trabalhar com as vantagens e desvantagens de cada um”, aponta.
Se títulos como The New York Times (com 224 mil assinantes pagos na web, 57 mil em tablets e Kindle, e 100 mil assinantes na web patrocinados pela Ford) e The Wall Street Journal (com 200 mil assinantes na versão tablet e mais de um milhão de assinantes da edição digital) já encontram modelos de negócios a seguir, os jornais brasileiros ainda buscam um caminho.
Para André Luis Furnaletto, diretor de marketing e da unidade de negócios digitais da Infoglobo, o desafio de encontrar o modelo certo carece de experimentação. “O exercício de pay wall vai exigir experimentação. Deveremos ter mais produtos e mais possibilidades de preço, o que aumenta a complexidade do negócio”, diz.
Os profissionais participaram nesta terça-feira, 30, ao lado de Marciliano Júnior, diretor de circulação e marketing do Valor Econômico, do painel “Experiências Nacionais e Internacionais de Monetização de Conteúdo Digital”, do VIII Seminário Nacional de Circulação da Associação Nacional de Jornais (ANJ).
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