quarta-feira, 31 de agosto de 2011

“Os jornais devem ser ecumênicos nos tablets”

Para Afonso Cunha, do Grupo Lance, títulos devem estar presentes em todas as tecnologias digitais em busca da monetização do conteúdo

Mesmo com o crescimento da circulação impressa, o avanço do mundo digital é irrefreável e impõe novos desafios para os jornais. Neste cenário, é premente lançar mão de estratégias para gerar receitas com o conteúdo digital formatado (versões do impresso para PC e tablets, por exemplo) e não formatado (material para sites e celulares).

Em meio a um universo de opções, que incluem o iPad, líder de mercado e que utiliza o sistema operacional iOS, e uma série de outros tablets que utilizam o Android, os jornais devem ser ecumênicos, acredita Afonso Cunha, diretor executivo de negócios do Grupo Lance. “Com a perspectiva de divisão de mercado entre iPad e Android, as estratégias para monetizar o conteúdo digital devem trabalhar com as vantagens e desvantagens de cada um”, aponta.

Se títulos como The New York Times (com 224 mil assinantes pagos na web, 57 mil em tablets e Kindle, e 100 mil assinantes na web patrocinados pela Ford) e The Wall Street Journal (com 200 mil assinantes na versão tablet e mais de um milhão de assinantes da edição digital) já encontram modelos de negócios a seguir, os jornais brasileiros ainda buscam um caminho.

Para André Luis Furnaletto, diretor de marketing e da unidade de negócios digitais da Infoglobo, o desafio de encontrar o modelo certo carece de experimentação. “O exercício de pay wall vai exigir experimentação. Deveremos ter mais produtos e mais possibilidades de preço, o que aumenta a complexidade do negócio”, diz.

Os profissionais participaram nesta terça-feira, 30, ao lado de Marciliano Júnior, diretor de circulação e marketing do Valor Econômico, do painel “Experiências Nacionais e Internacionais de Monetização de Conteúdo Digital”, do VIII Seminário Nacional de Circulação da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

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