O foco está agora voltado para negócios com margens maiores, como a área de serviços e softwares
A americana HP não vai mais fabricar os tablets TouchPad e os smartphones Pre e Pixi, aparelhos que ainda nem haviam chegado ao Brasil. A decisão, anunciada nessa quinta-feira, 18, nos Estados Unidos, atinge também a divisão de computadores, que deve passar a operar separadamente.
Os aparelhos da HP - resultado da aquisição da Palm em abril do ano passado, em um negócio avaliado em US$ 1,2 bilhão - não vinham tendo um bom desempenho. Em um mês, a Best Buy, por exemplo, vendeu menos de 10% das 270 mil unidades estocadas e a loja chegou até a manifestar a intenção de devolver os aparelhos.
A estratégia da companhia está agora focada em negócios com margens maiores, como as áreas de serviços, além de softwares, que hoje responde por apenas 2,4% do faturamento de US$ 32,4 bilhões do grupo registrados no último trimestre. Uma das investidas já em linha com essa nova forma de atuação foi a oferta de US$ 10 bilhões pela Autonomy, uma das maiores empresas de tecnologia do Reino Unido. A HP ofereceu US$ 42,11 por ação da Autonomy, um prêmio de 75% em relação aos preços dessa quinta-fera, 18, na Bolsa de Londres.
Contexto brasileiro
Os celulares e tablets que deixarão de ser fabricados pela HP seriam lançados no Brasil até o fim do ano. Foi o que disse Léo Apotheker, presidente mundial da HP, em visita ao País no último mês de maio. Segundo ele, a equipe de pesquisa e desenvolvimento da operação brasileira da companhia estava trabalhando na adaptação do sistema operacional webOS para o português.
Já entre os computadores, a estratégia agressiva de preços adotada pela HP serviu para forçar uma baixa geral dos custos praticados pelo mercado, mas não foi suficiente para manter a liderança da marca. No primeiro trimestre, a HP assumiu a liderança nas vendas de aparelhos para uso residencial, com 13,1% de participação, ante os 10% da Positivo, que acabou retomando frente do setor no trimestre seguinte
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