A HP está em negociações para comprar a fabricante de softwares inglesa Autonomy por 10,3 bilhões de dólares e analisa opções para sua divisão de computadores pessoais, incluindo uma divisão, uma vez que a gigante da tecnologia mira uma renovação do negócio para reavivar seu crescimento.
A HP, ícone no Vale do Silício que domina a indústria de computadores pessoais, anunciou que descontinuará o tablet e os telefones TouchPad, baseados no sistema operacional WebOS, que não conseguiram conquistar os consumidores.
A notícia coincidiu com a divulgação dos resultados financeiros da companhia, revelados mais cedo que o esperado nesta quinta-feira. A empresa afirmou que a receita do seu terceiro trimestre fiscal subiu para US$ 31,2 bilhões em relação aos US$ 30,7 bilhões um ano atrás, em linha com as expectativas do mercado.
A ação da companhia havia avançado brevemente para território positivo após uma notícia da Bloomberg sobre as negociações, quando o mercado comemorou sua ousada incursão no setor de software, de altas margens, assim como a separação da unidade de computadores, que enfrenta dificuldades.
Porém, os papéis recuaram diante dos resultados da HP, cedendo 3% antes de suas negociações serem brevemente suspensas. A ação chegou a cair mais de 7% pouco antes do fechamento do mercado. O presidente-executivo da companhia norte-americana, Leo Apotheker, tem a missão de expandir a relativamente pequena, mas muito rentável, divisão de software, inclusive por meio de aquisições.
A unidade Personal Systems da HP - que pode ser colocada à venda - inclui smartphones, tablets, o sistema operacional WebOS e PCs. A unidade gera cerca de US$ 41 bilhões em receita, mas responde por apenas 13% do lucro. A decisão da HP de descontinuar o TouchPad - que chegou às lojas em julho e cuja campanha de marketing teve um grande orçamento - segue-se à baixa demanda para o tablet com WebOS. Seu preço foi reduzido em US$ 100 um mês após o lançamento, em um mercado atualmente dominado pelo iPad, da Apple.
A HP afirmou que agora espera receita anual de US$ 127,2 bilhões a US$ 127,6 bilhões, redução frente à estimativa anterior de 129 bilhões a 130 bilhões. A companhia também reduziu sua estimativa de lucro por ação para uma faixa de US$ 3,59 a US$ 3,70, em relação aos quase US$ 4,27 previstos anteriormente.
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