Os medicamentos produzidos pelo novo laboratório devem começar a ser vendidos em 2013
A joint venture que acaba de ser criada entre os laboratórios Eurofarma e Cristália dará origem à Supera, empresa que em setembro inicia a produção de medicamentos disponíveis para a venda somente a partir de 2013. Cada uma das empresas terá 50% de participação no negócio, que já foi formalizado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), de acordo com informações publicadas na edição dessa terça-feira, 16, pelo jornal Valor Econômico.
Conduzida de forma independente, a Supera terá aproximadamente 300 funcionários e faturamento estimado em R$ 150 milhões. O negócio absorve o conhecimento da Cristália, que faturou R$ 660 milhões em 2010, no desenvolvimento de novos medicamentos em parceria com universidades federais e estaduais.
Já a Eurofarma, que tem receita de cerca de R$ 1,3 bilhão, entra com um estilo de gestão agressivo. Em 2010, a empresa ampliou a sua operação por meio da compra do laboratório Segmenta, que introduziu a Eurofarma no mercado de soro hospitalar, além de firmar uma parceria com a americana Pfizer para a produção de uma versão genérica do medicamento Lipitor (usado no combate ao colesterol elevado).
A investida dos estrangeiros
O Brasil é a “bola da vez” também no setor farmacêutico. Mas a investida dos estrangeiros tem sido cuidadosamente estudada pelos laboratórios nacionais, já que os preços dos ativos farmacêuticos estão elevados. O laboratório inglês GlaxoSmithKline (GSK), por exemplo, tentou comprar a Mantecorp no ano passado, que acabou sendo adquirida pela Hypermarcas, e recentemente aproximou-se do Aché, mas as negociações não avançaram.
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