terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cinemark cria empresa de mídia para cinema

Flix Media será responsável por comercializar espaços nas 446 salas da rede espalhadas por 30 cidades do País

A Cinemark inicia oficialmente em setembro a operação da Flix Media, especializada na comercialização de mídia em cinema. A nova empresa irá substituir a Kinomaxx, fundada há 14 anos, e que desde então trabalhou com a rede. O acordo costurado entre Cinemark e Kinomaxx prevê um período de transição — até 30 de setembro —, no qual as duas empresas atuarão de forma conjunta na venda dos espaços nas 446 salas da companhia espalhadas por 54 complexos em 30 cidades brasileiras.

Após essa fase, as duas serão concorrentes, já que a Flix Media tem a intenção de atender outras exibidoras no futuro. Também atuam neste mercado empresas como a Mobz — fruto da fusão, em 2010, da Circuito Digital com a MovieMobz, e que inclui as divisões LiveMobz, dedicada à exibição de eventos ao vivo; MovieMobz, de distribuição de filmes em formato digital; e MediaMobz, voltada para a publicidade e patrocínio — e a Auwe Digital (que atua no gerenciamento, na distribuição e na comercialização de filmes e publicidade em cinema).


A Cinemark estuda a implantação deste modelo no País há algum tempo, e usa como referência a operação dos Estados Unidos, que possui a NCM para vender publicidade. “O cinema passa por um processo de transformação importante. Deixou de ser exibidor de 35 mm para ser exibidor digital. Isso amplia os horizontes significativamente. Por isso, achamos que seria bom ter uma empresa com DNA de exibidor para liderar, com resultados, essa mudança”, pontua o presidente da Rede Cinemark Brasil, Marcelo Bertini, destacando que o fato de a empresa controlar a Flix Media não deve impedir negócios com outras redes exibidoras.
 
Adriana Cacace (ex-T4F), diretora geral da Flix Media Crédito: Divulgação/Caue Diniz
À frente da nova companhia está a diretora geral Adriana Cacace. No mercado de entretenimento há quase 20 anos, a executiva participou da fundação da Cinemark no País como diretora de marketing e foi diretora comercial da T4F. Ela assume o projeto com a ambição de colocar o meio cinema em outro patamar em termos de investimentos publicitários. Para isso, conta inicialmente com uma equipe de 22 pessoas e escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Apesar do bom momento em termos de bilheteria e renda (de acordo com a Filme B, o público está crescendo desde 2009, enquanto as receitas desde 2006), as redes de cinema não têm repetido o desempenho no mercado publicitário. Segundo dados do Projeto Inter-Meios relativos ao primeiro semestre deste ano, o meio abocanhou apenas 0,29% do bolo publicitário brasileiro, com um faturamento da ordem de R$ 37,3 milhões. O valor representa uma queda de 7,15% no volume de investimentos verificados nos primeiros seis meses do ano passado.

“Estamos trazendo profissionais de outros veículos e de grandes anunciantes que vão colaborar para que o cinema cresça. Manteremos os breaks de 30 segundos e um minuto, sampling, ações promocionais e customização das salas, mas também iremos oferecer soluções diferenciadas pensadas para cada cliente específico”, aponta Adriana, lembrando que passam pelas salas da rede mais de 40 milhões de pessoas por mês.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário