Um turbo não genuíno ou recondicionado em oficinas sem qualificação aumenta o consumo dos motores a diesel em mais de 5% em relação a um produto original. Com esse maior consumo de combustível, o turbo amplia a emissão de CO2 na atmosfera, o que a indústria automobilística empenha-se para reduzir. Um caminhão que percorre a média de 84 mil quilômetros por ano vai consumir 2.010 litros de combustível a mais em relação ao turbo genuíno, o que corresponde a um prejuízo de R$ 4.000,00 com base no preço médio atual do diesel.
Essas informações foram obtidas em estudo realizado pela Honeywell Turbo Technologies, fabricante do turbo Garrett, com a ajuda de seu CTTA (Centro Técnico de Treinamento e Assistência) e da rede autorizada de serviços, com mais de 300 postos em todo o Brasil. Com base nas informações obtidas no estudo, a empresa projetou os gastos de uma transportadora tendo como referência uma frota de 100 veículos. Para percorrer a mesma distância anual, essa frota consumiria 3,818 milhões de litros (com turbo genuíno) e 4,019 milhões de litros (com turbo não genuíno), o que representa um acréscimo nos custos da ordem de R$ 400.000,00
O resultado do estudo será apresentado pela Honeywell nos principais eventos de caminhoneiros do Brasil (Feira do Carreteiro), que foi realizada de 13 a 16 deste mês, em Aparecida do Norte (SP) e (Feira do Caminhoneiro), entre 23 e 25, em Guarulhos, SP. O objetivo da empresa é conscientizar os transportadores sobre os prejuízos causados pela opção de turbo pirata, cuja diferença de preço em relação a um turbo genuíno corresponde à média de R$ 550,00 (com base no turbo para os motores Mercedes OM-366LA).
Ricardo Rampaso, gerente de vendas e marketing da Honeywell Turbo Technologies declara que os números impressionam porque, além do consumo de combustível, há outros fatores, como o comprometimento da durabilidade, os custos de manutenção para a troca do turbo e os possíveis prejuízos por danos ao motor e ao sistema de transmissão (embreagem e câmbio).
“O custo causado pela utilização de um turbo recondicionado (pirata ou de segunda linha) pode chegar a R$ 10.000,00 por veículo ao ano, enquanto o cliente apenas pagaria uma diferença de R$ 550,00 na compra de um genuíno (Garrett)”, salienta Rampaso.
E finaliza com a explicação de que “quando mostramos aos frotistas como o uso de uma peça não original pode afetar o resultado de uma empresa eles ficam admirados com o fato de que, em uma frota de 100 veículos, o custo anual pode chegar a R$ 1 milhão, pela necessidade de substituição do turbo em intervalos mais curtos, além da manutenção e dos reparos adicionais em motores, câmbio e embreagem, assim como em mão de obra, lubrificantes, filtros de óleo e filtro de ar”.
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