Cresce interesse de agências e empresas em direcionar campanhas para o meio, mas o orçamento ainda é tímido.
Baixe o aplicativo gratuitamente, selecione o gênero em uma tela inicial, agite o aparelho caso queira mudar o sabor do bombom que irá aparecer na tela, para abri-lo deslize os dedos pelo visor do smartphone e leia sua previsão amorosa.
O aplicativo criado pela agência interativa W3haus para o chocolate Sonho de Valsa, da Kraft Foods, chamado "Oráculo Sonho de Valsa", foi desenvolvido baseado no interesse do brasileiro por tecnologia.
A intenção das empresas de investir em ações como essa, direcionadas a mídias móveis, tem aumentado. Em 2010, 62% das agências brasileiras que participaram de uma pesquisa da Mobile Marketing Association da América Latina (MMA Latam) em parceria com a Nielsen, empresa de informação e pesquisa, informaram que montaram campanhas para meios móveis, enquanto a média total dos participantes foi de 59%. Além do Brasil, a análise foi feita também na Argentina e no México com amostras das 100 principais agências de cada país.
Este ano a parcela de agências que deverão criar campanhas para esses meios deverá ter acréscimo de 25 pontos percentuais no Brasil, de acordo com estudo. A média dos três países para essa intenção é de 89%, aumento de 26 pontos percentuais em comparação ao ano passado. Embora o índice aponte alta, o investimento ainda é considerado baixo.
"Em geral, apenas 1% do orçamento de todo o mercado é direcionado às mídias móveis. No Brasil este volume chega a 4%, mas ainda é muito pouco frente a outros meios", diz Jesper Rhode, presidente da MMA Latam.
Tal situação acontece não pelo público que consome smartphones e tablets, por exemplo, ainda ser pequeno, mas por questão métrica, acredita Rhode.
"Para aumentar o direcionamento de publicidade em mídias móveis, as agências precisam conseguir medir o desempenho das campanhas para conhecer e comprovar o grau de resultado do investimento", afirma.
Os jogos móveis foram o conteúdo mais escolhido entre as agências como material de divulgação, mas o especialista Augusto Bernardo, diretor de tecnologia da High Design, desenvolvedora de soluções de aplicativos e serviços que utilizam tecnologia móvel, alerta para esta opção.
"Um jogo retém o usuário por no máximo 30 dias, já aplicativos de referência que dão dicas e receitas, por exemplo, e notícias, detêm a atenção do usuário por mais 90 dias. Jogo é uma tendência, mas deve-se complementá-lo com outras funcionalidades para aumentar a retenção", diz.
Este ano, Brasil, Argentina e México, responsáveis por 70% do mercado da América Latina, devem direcionar seus esforços para, principalmente, smatphones e tablets.
"O Iphone da Apple foi citado por 50% dos entrevistados, o Android do Google por 30%, o Blackberry da RIM por 27% e os tablets, em geral, por 14%", afirma Thiago Moreira, diretor de Telecom da Nielsen Brasil.
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