A Nissan do Brasil planeja importar o Leaf a partir de 2014. O veículo japonês, lançado no mercado norte-americano em dezembro, é o primeiro carro elétrico de produção em massa do mundo.
"Aqui, primeiro vamos realizar test-drives itinerantes com o Leaf pelas 30 principais cidades do país, nos finais de semana, para que as pessoas o conheçam e tenham contato com sua tecnologia revolucionária --em vez de gasolina, o carro é abastecido com energia elétrica e, por isso, não polui", explica a gerente de marketing da Nissan, Heloísa Silva.
A peregrinação do Leaf começa já neste sábado na capital paulista e segue por cidades do interior. Até julho do próximo ano, o veículo deve passar pelos demais Estados.
Para a Nissan, o carro elétrico também precisa de uma rede de postos de recarga rápida e de incentivos tributários para vingar.
Por não se enquadrar em nenhuma categoria tradicional de automóvel, o Leaf pagaria tanto imposto no Brasil que, se fosse vendido hoje, custaria em torno dos R$ 130 mil --nos EUA, ele tem preço de Honda Civic.
"Para ser convidativo, o Leaf deveria custar algo em torno de R$ 90 mil", estima o presidente da Nissan, Christian Meunier. Segundo ele, a cidade de São Paulo deverá ser a primeira a criar um subsídio fiscal para os elétricos.
Na última quarta-feira, durante o C40 (grupo das maiores metrópoles do mundo no combate às mudanças climáticas), o prefeito Gilberto Kassab assinou um acordo de intenção para a implantação de carros elétricos na cidade. O governo planeja até incorporar alguns Leaf à sua frota.
São Paulo foi a primeira cidade na América do Sul a assinar um acordo desse tipo, que incluiu também a distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo.
Além de incentivos fiscais, os carros movidos a energia elétrica poderiam ficar isentos do rodízio e da inspeção veicular.
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