A indústria calçadista brasileira produziu, em 2010, 894 milhões de pares de calçados, alta de 9,9% sobre o resultado de 2009, um acréscimo de 80 milhões de pares, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (13) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
O valor estimado para a produção do ano passado atingiu R$ 21,7 bilhões, aumento de 14,9% sobre o ano anterior.
Por segmento, a linha de calçados de plástico e borracha representa 54,5% da produção do país. Os artigos de couro representam 28%; os esportivos, 10%; e os artigos confeccionados em outros materiais, 7%.
As vendas externas brasileiras de calçados somaram 143 milhões de pares em 2010. Em 2009, o número ficara em 127 milhões. Em valores, as exportações em 2010 somaram US$ 1,48 bilhão, ante US$ 1,36 bilhões. Os Estados Unidos lideraram a importação de calçados brasileiros, com 29 milhões de pares (20,3% do total) e US$ 340,9 milhões (22,9%).
As importações brasileiras, por sua vez, somaram US$ 305 milhões em 2010. Foram 28,68 milhões de pares vindos de fora no ano passado, ante 30,36 milhões em 2009.
Os principais países de origem das importações são a China, com 32,8% do número de pares, e o Vietnã, com 25,6% do total de pares. Em valores, contudo, o Vietnã está em primeiro lugar, com US$ 128,56 milhões (42,2%), a Indonésia vem em segundo, com US$ 63,57 milhões (20,9%) e a China, em terceiro, com US$ 54,93 milhões (18%).
Apesar do crescimento das exportações e importações neste ano, a entidade espera uma queda de 13% no superávit comercial para este ano. "O câmbio forte tira a competitividade lá fora", disse Marcelo Prado, do Instituto de Estudos e Marketing Industrial, que elaborou o relatório com os dados para a Abilcalçados.
Queda das exportações no 1º triDe acordo com o presidente da associação, Milton Cardoso, as exportações, contudo, apresentam recuo de 34% em número de pares no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as importações, também em número de pares, apresentam alta de 24%. Um dos motivos apontados para o cenário é o câmbio, que prejudica as vendas para o exterior.
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