Marca, que faz parte da General Motors, está passando por dificuldades; situação foi agravada pela crise no velho continente
O conselho de gestão da alemã Opel, braço europeu da General Motors,
apresentará nesta quinta feira (28) um plano de recuperação completo
para a marca. De acordo com agências internacionais, com a crise
europeia, a estratégia propôe um posicionamento da empresa em novos
mercados de exportação e investimentos nos países em desenvolvimento.
De
acordo com uma entrevista do CEO da General Motors, Dan Akerson, os
últimoes meses foram de frustação, queda nas vendas e balanços fechando
no vermelho. “Precisamos colocar as coisas no eixo. A Opel é uma das
marcas chave para o sucesso do grupo e também para que possamos
preservar os negócios em território europeu”, afirmou o executivo.
Com
os números pessímistas, alguns analistas de mercados afirmam que a GM
terá que fechar uma das seis unidades fabris em funcionamento no velho
continente. Akerson nega a possibilidade. “Esse plano que iremos
apresentar visa evitar esse problema, sendo assim, a questão do corte de
empregos está fora dos planos”, disse.
Além da Opel, outra marca
da GM na Europa vem sofrendo com a crise, a britânica Vauxhall. Jornais
locais notíciaram nesta semana que diversos investidores da empresa
estão impacientes com a falta de lucro e de movimentação para que o
problema se resolva. Documentos divulgados pela própria montadora
indicam que a General Motors sofreu um prejúizo operacional de cerca de
US$ 3,5 bilhões nos últimos três anos, com as atividades da marca.
Relação com a PSA Peugeot Citroën
Depois
de diversas reuniões e muita especulação, em meados do último mês de
março, a General Motors e a PSA Peugeot Citroën fecharam uma aliança
global “de cooperação estratégica”. No documento, a GM passa a ter 7%
das ações da PSA e há um plano de redução conjunta de custos de US$ 2
bilhões por ano, além da divisão de plataformas e produtos. Porém, todo o
projeto passará por calendário extenso, que deve se concretizar em
cinco anos.
Pelo acerto entre as empresas, a GM vai participar de
um aumento de capital de 1 bilhão de euros (US$ 1,34 bilhão) da
Peugeot, tornando-se a segunda maior acionista da montadora francesa
como parte de uma ampla aliança industrial. Mesmo assim, a montadora dos
EUA não terá participação nas decisões internas da empresa francesa.
Nesse
projeto de redução de custo, analistas afirmaram na época, que a maior
beneficiada seria a alemã Opel. A aliança possibilitaria reduzir custos
operacionais no Velho Continente. A Opel, que a GM decidiu manter em
2009 quando o então presidente-executivo Ed Whitacre abandonou os planos
de venda, é uma das principais preocupações dos investidores da empresa
norte-americana. No ano passado, a GM perdeu US$ 747 milhões na Europa e
analistas do Morgan Stanley avaliaram a Opel como negativa em US$ 8
bilhões. Agora, mesmo sem informações concretas, diversas especulações
apontam que o plano de ações que será divulgado amanhã, já fazia parte
do documento final assinado entre os dois grupos empresariais.
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