Em uma loja especializada são feitos em média quatro serviços por semana. Alteração na cor do veículo exige mudanças na documentação.
Há dois anos, os uberlandenses começaram a perceber alguns carros circulando na cidade com uma "pintura" diferente e sem brilho. O que muitos chamavam de pintura fosca, na verdade é uma técnica que existe há alguns anos nas capitais chamada "envelopamento".
Os carros parecerem pintados, mas são adesivados com um material especial colante que reveste a pintura original.
Contudo, não é apenas ir a uma loja e mudar a cor do carro. O processo precisa ser autorizado pelo Departamento Nacional de Trânsito de Minas Gerais (Detran - MG)
O proprietário de uma loja especializada em acessórios para carros, Marlon, da Silva, disse que a procura pelo serviço é intensa. Em média, tem agendando por semana aproximadamente quatro veículos e a agenda está cheia pelos próximos três meses. O preço varia entre R$ 800 a R$ 1.500 e é estabelecido de acordo com as dimensões e modelo dos carros. Para voltar a cor original, o carro passa por um processo de limpeza e polimento.
"Os motoristas perceberam que é mais em conta fazer o envelopamento ao invés de pintar o carro. Dependendo do veículo o trabalho fica pronto de um dia para o outro. É mais rápido para colocar e até mesmo para tirar caso o cliente enjoe da nova cor", disse Marlon.
Alguns clientes estão procurando por outras cores
como o verde (Foto: Marlon da Silva/Arquivo Pessoal)
como o verde (Foto: Marlon da Silva/Arquivo Pessoal)
De acordo com o empresário, as cores mais procuradas são o preto fosco e o branco brilhante. "Em Uberlândia o mais comum são essas cores, mas algumas pessoas ousam e pedem tons mais fortes, como o rosa, laranjado e até verde-limão. Há casos também de motoristas que colocam o vinil transparente. Esse material protege a pintura original e é muito procurado por fazendeiros e caminhoneiros", explicou.
Além deste serviço, o proprietário ainda orienta os clientes sobre a necessidade de alteração do documento do carro. "Deixamos o cliente ciente de que se não fizer essa alteração ele pode perder todo o trabalho e o dinheiro dele, pois se for parado em alguma fiscalização e o documento não constar a alteração ele será multado", disse.
Depois do preto fosco, a moda agora, segundo o proprietário da loja, é o branco brilhoso. (Foto: Marlon da Silva / Arquivo Pessoal)
De acordo com o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido conduzir o veículo com a cor ou característica alterada. "É uma infração grave e o motorista ganha cinco pontos na carteira, além de multa no valor de R$ 191,53 e a apreensão do veículo", disse o delegado de trânsito em Uberlândia, Ademar Carvalho Leite.
Ainda segundo o delegado, para evitar este tipo de transtorno o motorista deve procurar o Departamento Nacional de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), pagar uma taxa de R$ 55,90 e fazer a vistoria para pegar um novo documento constado a alteração. "É importante salientar que há uma diferença entre plotagem e envelopamento. Se o carro for adesivado e manter mais de 50% da cor original não precisa desta alteração", explicou Ademar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário