A administração da Internet em todo o mundo começa nesta quinta-feira, 12/01, um processo que permitirá a criação de novos sufixos nos endereços – ou top level domains. Até hoje existem apenas 23 sufixos (.com, .net, .gov, etc), mas a ideia é permitir que sejam estabelecidos novos, por marcas, empresas ou mesmo produtos.
Ou seja, poderão ser aprovados sufixos do tipo .apple ou mesmo .futebol ou .brasilia. Mas esse não será um processo rápido ou barato. Nesta quinta-feira, 12/1, começa o prazo para a submissão de propostas de novos nomes de domínio – prazo que vai até 29/3.
“Espera-se que os primeiros sufixos que forem aprovados no processo de análise e forem concedidos entrem em atividade somente no 1º trimestre de 2013”, alerta nota divulgada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A lista dos sufixos propostos deve ser divulgada em maio.
Para isso, candidaturas serão avaliadas pela ICANN, acrônimo em inglês para Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, e pela comunidade da rede: o objetivo é garantir segurança e estabilidade da rede, proteção ao direito de terceiros ou eventuais incompatibilidades com o interesse público.
Em princípio, com os novos sufixos qualquer um poderá solicitar os direitos para controlar uma fatia da Internet – por exemplo, todos os endereços que terminem com .bicicleta. E isso exige que os interessados se tornem supervisores desses novos domínios.
É caro. Nas contas do NIC.br, “para a candidatura a um sufixo são estimados cerca de R$ 500 mil de investimento”. Aí estão incluídos os US$ 185 mil dos custos do processo na ICANN e outros US$ 25 mil por ano, além garantias financeiras e requisitos técnicos.
Será preciso contratar um provedor back end para gerenciamento e publicação da base de dados com os nomes de respectivo sufixo. No caso do Brasil, porém, uma das opções para os interessados é usar o próprio NIC.br – que é quem opera o .br.
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