A venda de importados caiu 41,2 % em outubro em relação ao mês de setembro, os números são da Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva). Além da queda nos emplacamentos, o presidente da associação José Luiz Gandini declarou que haverá falta de carros, dependendo da marca, no mês de dezembro, quando retorna a alíquota de 30 pontos percentuais do IPI. Ele acredita que com uma crescente demanda, assim como houve em setembro, não haverá unidades disponíveis para todos os consumidores.
O mês de outubro e as unidades vendidas refletem, segundo Paulo Kakinoff, presidente da Audi no Brasil, a antecipação das vendas ainda sem IPI em setembro, a falta de clareza sobre o assunto em relação ao consumidor e que até dia 15/12 tem muito tempo para se pensar e comprar o carro. Ainda de acordo com Kakinoff, a antecipação das compras foi o que pesou mais na queda de vendas.
Em relação à “disputa” com a ANFAVEA, José Luiz Gandini declarou: “Nós temos apenas 5% dos emplacamentos dos carros do mercado brasileiro. Acho difícil o termo invasão de mercado ser relacionado a estes 5%”. A projeção de vendas de importados para 2011 é de cerca de 200.000 unidades no acumulado do ano, mas para 2012 ainda não há nenhuma estratégia.
Quando perguntado sobre se haverá mudanças nos preços dos carros e como isso será feito, Kakinoff diz que a partir do dia 15 de dezembro haverá novo IPI, porém só trabalharão com dados oficiais. Assim se for necessário mudar o preço, isso será feito.
Você comprou seu Kia quando os valores dos carros tiveram mudança? A marca, segundo Gandini, presidente da marca, já devolveu a diferença a donos de 38 veículos, faltando apenas 4 proprietários comparecerem às lojas da montadora sul-soreana. Como foi dito pelo representante da marca no evento, eles não pagaram o aumento do imposto ao governo, então seria injusto a instituição federal arcar com o ônus do consumidor.
A Abeiva assinou há três dias um convênio com Miguel Jorge, ex-ministro do Desenvolvimento, para realizar consultoria no setor de carros importados. O objetivo é mostrar a importância destes automóveis no cenário nacional, e ver como agir perante as estratégias do governo de aumento de impostos. “Como o período mínimo para o tramite todo da importação do carro até chegar às mãos do consumidor é por volta de 90 dias, o setor ficou impossibilitado de trazer novos carros. Os carros requeridos somente chegam em 2012”, declarou Gandini.
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