terça-feira, 29 de novembro de 2011

Japonês bom de roda

Colocamos o Nissan March, o primeiro popular japonês, para rodar mais de 800 quilômetros por São Paulo


Como anda este japonês? Para responder a esta pergunta, feita por várias pessoas que viram o recém-lançado Nissan March durante o teste, colocamos o primeiro popular japonês à venda no Brasil para rodar. Ao todo, foram mais de 800 quilômetros entre trechos urbano e de estrada percorridos com o 1.0, na sua versão S (topo).

Ainda nas ruas de São Paulo, o March chamou a atenção pelo seu desenho que, ao contrário da maioria dos compactos vendidos por aqui, não é agressivo nem esportivo (apesar de a Nissan até decorar algumas unidades com uma faixa que vai do para-choque dianteiro até o traseiro, passando pelo teto). 

A versão cedida pelo fabricante ao DIÁRIO trazia ainda um carinhoso adesivo na coluna traseira. Um misto de flores e uma tribal. Alguns, tenho de dizer, acharam que o carro ficou mais afeminado com a “tatoo”. A verdade é que chamou a atenção o interesse de tantas pessoas pelo pequeno carro da Nissan, que por enquanto é feito no México mas logo será montado no Brasil.

A primeira prova de fogo com o March foi no segundo dia. Colocamos cinco pessoas no pequeno. Sendo o motorista com 1,88m, o carona com 1,83m e mais três no banco de trás (com 1,72m; 1,60m e 1,64m de altura, respectivamente). Ninguém reclamou de falta de espaço (não sei se por educação). Houve até elogios.

Disposição /O trajeto com “carga máxima” foi na Rodovia Anhanguera. O motor 1.0 de 74 cavalos não fez milagres, mas também não decepcionou. Se, por um lado, o March demorou mais para embalar, por outro foi tranquilo manter 100 km/h. Nem a suspensão reclamou.

O grande desafio foi encarar mais de 700 quilômetros de estrada, que incluiu uma viagem de ida e volta entre São Paulo e Avaré, no interior. A disposição dos equipamentos é boa, mas o rádio escolhido pela Nissan deixa a desejar. As teclas são pequenas e de difícil manuseio. 

Já a direção elétrica é leve para manobrar e tem o peso certo em altas velocidades. A 120 km/h as rotações estão perto dos 4 mil rpm, mesmo assim o barulho invade pouco a cabine. O consumo combinado (estrada mais cidade) foi de 9,3 km/l, segundo o computador de bordo. O porta-malas, de 265 litros, poderia ser maior. Assim como o encosto dos bancos dianteiros, que poderiam ser maiores. Apesar destes pecados, o March é bom de rodar.

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