A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) registrou lucro líquido de R$ 1,687 bilhão no terceiro trimestre, o que representa uma queda de 7% na comparação com o resultado de igual período de 2010, de R$ 1,815 bilhão. Esse dado é o atribuído ao controlador, excluindo a participação de minoritários. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, caiu 6,8%, para R$ 1,703 bilhão, ante o R$ 1,827 bilhão registrado no terceiro trimestre do ano passado, neste mesmo critério.
Outra medida informada é o lucro líquido "normalizado", antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra no terceiro trimestre foi de R$ 1,645 bilhão, 9,5% menor que o R$ 1,817 bilhão do terceiro trimestre de 2010.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 12,9%, para R$ 2,994 bilhões, com margem de 47%, 2,6 pontos porcentuais acima da de 44,4% no terceiro trimestre de 2010. No critério "normalizado", o Ebitda passa a R$ 2,952 bilhões, ou 11,2% superior ao do mesmo período do ano passado, de R$ 2,655 bilhões, com margem Ebitda normalizada de 46,3%, 1,9 ponto porcentual a mais (44,4%).
A receita líquida do terceiro trimestre somou R$ 6,374 bilhões, alta de 6,6% sobre a de R$ 5,978 bilhões dos meses de julho a setembro do ano passado.
Volume vendido
Após um segundo trimestre de queda no volume vendido de bebidas no Brasil ante o mesmo período do ano passado, a Ambev, no terceiro trimestre, mostrou uma recuperação de suas operações no País. Segundo a empresa, em relatório de resultados divulgado hoje, o volume comercializado no Brasil totalizou 28,015 milhões de hectolitros, aumento de 2,9% ante os 27,221 milhões de hectolitros vendidos de julho a setembro de 2010.
A receita líquida avançou 9,9%, passando de R$ 3,965 bilhões para R$ 4,356 bilhões, impulsionado, principalmente, pelos aumentos de preços e volume. O Custo do Produto Vendido (CPV) do período foi de R$ 1,389 bilhão, alta de 7,9%, decorrente dos maiores custos com matérias-primas e embalagens.
O Ebitda "normalizado" das operações brasileiras subiu 13,3%, para R$ 2,133 bilhões, com margem Ebitda normalizada" de 49%, 1,5 pontos porcentuais acima da do terceiro trimestre de 2010, de 47,5%. "Nosso desempenho no Brasil mostra que temos tomado as decisões corretas, gerando economia com nossa política de gestão de custos e nos beneficiando da melhora no crescimento do volume da indústria nesse trimestre", afirma João Castro Neves, presidente da Ambev, no relatório de desempenho.
Somente de cerveja, o volume aumentou 1,7%, para 20,623 milhões de hectolitros vendidos da bebida, enquanto o avanço de receita líquida foi de 10,3%, para R$ 3,628 bilhões. A receita líquida por hectolitro (ROL) avançou 8,4%, para R$ 176, devido ao aumento de preços e do maior peso da distribuição direta, mesmo que prejudicado parcialmente pela alta dos impostos. O Ebitda subiu 14,8%, para R$ 1,802 bilhão, com margem de 49,7%, 1,9 p.p. superior. A média de participação de mercado da companhia em cerveja no País no terceiro trimestre foi de 69,6%, 1,5 ponto porcentual a mais desde o começo do ano.
Já em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, a Ambev registrou um avanço de 6,4% nos volumes vendidos no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2010, para 7,391 milhões de hectolitros. Em receita líquida, a alta foi de 7,7%, para R$ 727,4 milhões. A receita por hectolitro (ROL) aumentou 1,3%, para R$ 98,40, devido aos ajustes de preços, mas impactado negativamente pela alta de impostos e mix de produtos.
O Ebitda subiu 6,1%, para R$ 331,5 milhões, mas a margem Ebitda recuou 0,7 ponto porcentual para 45,6%, com maiores custos de embalagens, despesas logísticas, entre outros. A participação de mercado da companhia nessa categoria no trimestre cresceu 0,7 p.p., mas a empresa não informa o porcentual médio.
Acumulado do ano
De janeiro a setembro, o volume comercializado no Brasil acumula leve alta de 0,1%, para 80,507 milhões de hectolitros comercializados. A receita líquida aumentou 8,2%, totalizando R$ 12,843 bilhões. O Ebitda "normalizado" foi de R$ 6,320 bilhões, aumento de 11,6%, com margem de 49,2%, 1,5 ponto porcentual superior ao dos nove primeiros meses de 2010, de 47,7%.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) consolidado no Brasil cresceu 8,5%, para R$ 4,065 bilhões. O negócio de cerveja teve queda de 0,2% em volume, mas aumento de 9,3% em receita líquida. Já em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, houve alta de 0,8% em volume e aumento de 2,7% na receita líquida.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) consolidado no Brasil cresceu 8,5%, para R$ 4,065 bilhões. O negócio de cerveja teve queda de 0,2% em volume, mas aumento de 9,3% em receita líquida. Já em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, houve alta de 0,8% em volume e aumento de 2,7% na receita líquida.
A empresa informou, em release de resultados, que segue com foco no segmento Premium, com lançamento da Budweiser no Brasil e ampliação da presença de Stella Atrois. "Inovação e produtividade ainda são nossas prioridades para aumentar os indicadores de preferência pelas nossas marcas enquanto geramos recursos para investir no mercado e nos conectar com nossos consumidores", afirma Castro Neves.
Para 2012, a Ambev espera se beneficiar do forte crescimento da renda disponível no Brasil. "Resultado do já antecipado aumento do salário mínimo no País no início do ano que vem, que será de 7,5% em termos reais e deverá alavancar a indústria com maiores taxas de crescimento", ressalta Castro Neves.
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