A empresa de distribuição francesa Casino e sua matriz Rallye aumentaram a 45,9% a participação no capital da CBD (Companhia Brasileira de Distribuição) --o Grupo Pão de Açúcar, cujo controle foi o centro de uma disputa em julho passado com o Carrefour.
"Esta aquisição reafirma a confiança e o compromisso do Rallye, e do Casino, no Brasil", afirma um comunicado do Rallye.
O grupo Rallye anunciou que em agosto comprou 3,3 milhões de ações preferenciais do Pão de Açúcar e quatro milhões de opções de compra, que dão o direito de adquirir a mesma quantidade de ações preferenciais.
No fim do último mês de junho, o Casino já havia comprado cerca de US$ 1 bilhão em ações da rede varejista brasileira, o que elevou na época sua participação no capital total do grupo de 37% para 43,1%.
PÃO DE AÇÚCAR E CARREFOUR
No início de julho, o empresário Abilio Diniz --sócio brasileiro do Casino-- foi forçado a abandonar um plano para unir o Pão de Açúcar com a unidade no Brasil do também francês Carrefour, depois de vigorosa oposição do Casino ao negócio.
O Carrefour, concorrente direto do Casino na França, havia informado em junho que recebera uma proposta da empresa brasileira Gama, de propriedade do fundo de investimentos BTG Pactual, apoiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para criar uma empresa comum no Brasil.
O objetivo era fundar um gigante brasileiro no setor de distribuição com vendas de 30 bilhões de euros e sinergias estimadas entre 600 milhões de euros e 800 milhões de euros.
O BNDES retirou oficialmente o apoio pré-aprovado de R$ 4,5 bilhões, inviabilizando a engenharia financeira montada para unir Pão de Açúcar e Carrefour.
O banco alegou falta de entendimento dos sócios Casino e Abilio Diniz, que dividem o comando do Pão de Açúcar.
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