Capacidade de pagamento das famílias não acompanha alta do mercado e negociações caem pelo 4º mês
Alugar um imóvel residencial na cidade de São Paulo ficou, em média, 4,97% mais caro em junho, comparando com os valores cobrados no mês anterior. O aumento dos preços é a provável causa da redução de 8,97% no número de casas e apartamentos alugados - o quarto mês seguido de baixa na locação residencial na capital. "Essa situação pode estar indicando que se chegou ao fundo do poço na relação entre capacidade de pagamento das famílias e os valores pedidos pelos proprietários", avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).
Para ele, a mensagem por trás desse comportamento do mercado é a de que o aluguel está caro. Em junho, apartamentos de 3 dormitórios situados em bairros como Cambuci, Saúde e Tucuruvi, na Zona de valor C, foram alugados em média por R$ 2.569,00, o equivalente a 4,7 salários mínimos. "E ainda há o custo do condomínio, o que eleva essa conta para mais de cinco salários mínimos, que fica salgada para muitas famílias", observa Viana Neto.
Somente em bairros muito afastados do centro, como Capão Redondo e Campo Limpo, na Zona E, é possível encontrar imóvel cujo aluguel pode ser pago com um salário mínimo - apartamentos de 1 dormitório que eram alugados em junho por R$ 450,00 em média.
Sem perspectiva de redução
"Mesmo que a capacidade de pagamento das famílias tenha batido no teto, nada indica que os aluguéis começarão a baixar nos próximos meses", avalia o presidente do Creci-SP. "Eventualmente, como é típico no mercado, pode haver meses em que eles baixem, mas a tendência é que eles continuem caros ou subam até mais por causa do desequilíbrio entre oferta e demanda expresso no déficit de mais de um milhão de moradias no Estado".
Em junho, o aluguel que mais baixou foi o de casas de 3 dormitórios situadas em bairros da Zona E (Campo Limpo, Capão Redondo, Itaim Paulista, Itaquera etc.) - o aluguel médio caiu de R$ 1.325,00 em maio para R$ 865,00 em junho, uma redução de 34,72%.
Por outro lado, o aluguel que mais subiu - 57,82% - foi o de casas de 2 dormitórios situadas em bairros da Zona A, que reúne bairros mais valorizados, como Campo Belo, Cidade Jardim e Higienópolis - o aluguel médio passou de R$1.172,22 em maio para R$1.850,00 em junho.
O perfil de imóvel que as pessoas procuram para alugar, no entanto, tem valor de locação mensal até R$1.000,00. Essa faixa correspondeu a 55,62% do total de novos contratos.
Somente em bairros muito afastados do centro, como Capão Redondo e Campo Limpo, na Zona E, é possível encontrar imóvel cujo aluguel pode ser pago com um salário mínimo - apartamentos de 1 dormitório que eram alugados em junho por R$ 450,00 em média.
Sem perspectiva de redução
"Mesmo que a capacidade de pagamento das famílias tenha batido no teto, nada indica que os aluguéis começarão a baixar nos próximos meses", avalia o presidente do Creci-SP. "Eventualmente, como é típico no mercado, pode haver meses em que eles baixem, mas a tendência é que eles continuem caros ou subam até mais por causa do desequilíbrio entre oferta e demanda expresso no déficit de mais de um milhão de moradias no Estado".
Em junho, o aluguel que mais baixou foi o de casas de 3 dormitórios situadas em bairros da Zona E (Campo Limpo, Capão Redondo, Itaim Paulista, Itaquera etc.) - o aluguel médio caiu de R$ 1.325,00 em maio para R$ 865,00 em junho, uma redução de 34,72%.
Por outro lado, o aluguel que mais subiu - 57,82% - foi o de casas de 2 dormitórios situadas em bairros da Zona A, que reúne bairros mais valorizados, como Campo Belo, Cidade Jardim e Higienópolis - o aluguel médio passou de R$1.172,22 em maio para R$1.850,00 em junho.
O perfil de imóvel que as pessoas procuram para alugar, no entanto, tem valor de locação mensal até R$1.000,00. Essa faixa correspondeu a 55,62% do total de novos contratos.
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