A Mini lançou no Brasil o Cooper One e o John Cooper Works que são, respectivamente, a versão mais 'barata' e a mais cara do modelo à venda no país. Custando R$ 69.950, o One é anunciado como “o seu primeiro Mini”, o que vale pelo menos para fãs da marca do grupo BMW que não dispõem de valores que passam de R$ 120 mil em algumas versões–no conversível esportivo também avaliado nesta reportagem, o preço chega a R$ 149.950.
Mini One (esq) e Mini John Cooper Works Cabrio: dois extremos da marca (Foto: Divulgação)
O Mini mais ‘barato’A versão “de entrada” deixa de lado alguns luxos que são itens de série no Cooper: esqueça teto solar, lâmpadas de xenôn e motor turbo, por exemplo. Por outro lado, o carro vem com computador de bordo, direção elétrica, ar-condicionado, seis airbags, freios ABS, faróis de neblina, controle de estabilidade e rodas de liga leve de 15 polegadas.
O motor é o 1.6 16V a gasolina, de 98 cavalos de potência e 15,9 kgfm de torque, e transmissão manual de seis marchas. É o mesmo que equipa a versão básica do Mini Cooper e tem números bem mais modestos do que os do propulsor 1.6 turbo que equipa o Mini Cooper S, por exemplo, com 186 cv de potência e 24,4 kgfm de torque.
Embora menos agressivo ao pegar o asfalto, o Mini One cumpre seu papel de carro diferente a preço mais acessível (dentro do possível). Leve e com centro de gravidade mais baixo, tem boas acelerações e retomadas sem perder a estabilidade — especialmente nas curvas. Ou seja, apesar de mais simples, a estrutura não foi alterada e o carro continua a ter pegada de kart.
O destaque na dirigibilidade é o câmbio de seis marchas. O encaixe é preciso e, como as rotações do motor na segunda e terceira marchas são mais baixas do que o normal, na cidade o carro nem exige tantas trocas. A vantagem desse tipo de transmissão está na economia de combustível.
Em vias expressas, o modelo mostra o mesmo comportamento dinâmico e também passa confiança. Porém, o porta-malas de apenas 160 litros não é ideal para longas viagens.
Apesar de ser um carro “redondo”, pesa contra o One a falta de um motor mais potente e de itens de luxo e conforto, considerando que ele se encaixa em um segmento movido a imagem e status. O gostinho de “quero mais” é inevitável.
O Mini mais caroO John Cooper Works Cabrio é o 11º modelo da Mini a desembarcar oficialmente no Brasil e não tem um concorrente direto porque faltam opções compativeis em tamanho, potência e preço. O Smart Fortwo Cabrio, por exemplo, parte de R$ 73,9 mil, com motor 1.0 de apenas 71 cavalos de potência. A versão preparada pela Brabus, por sua vez, custa R$ 99,9 mil e usa bloco 1.0 turbo de 98 cv. Já o Fiat 500 Cabrio ainda não é vendido no país.
Conversível esportivo baixa a capota em
até 15 segundos (Foto: Reprodução / G1)
até 15 segundos (Foto: Reprodução / G1)
O G1 avaliou o conversível no kartódromo da cidade de Itu (SP). Apensar de o local não ser ideal, o JWC deu uma ideia do que é capaz de proporcionar. O modelo é equipado com motor 1.6 turbo a gasolina de 211 cavalos de potência e 28,5 mkgf de torque – exatamente o mesmo propulsor dos carros da Mini Cooper Challenger, categoria do automobilismo nacional. A transmissão é manual de seis velocidades, o que deixa mais saborosa a condução.
A capota, feita de lona, tem dois estágios. No primeiro, se recolhe até a metade, descobrindo apenas as cabeças dos ocupantes da frente. Com um segundo toque, baixa totalmente. De acordo com a Mini, são necessários 15 segundos para a capota se recolher totalmente. A operação pode ser efetuada com o carro andando a até 30 km/h.
Ao inserir a chave no contato e apertar o botão ‘start/stop’, sai do escapamento de saída dupla o ronco que é ‘cartão de visitas’ do JWC – sigla da divisão esportiva da Mini, assim com a ‘M’ é para a BMW e a ‘AMG’, para a Mercedes.
Ao engatar a primeira, percebe-se que a embreagem é curta e o engate, preciso, o que é importante em um modelo que quer entregar o máximo de esportividade. A manopla é bem posicionada. Ao acelerar, o torque é despejado nas rodas e o controle de tração garante que o Cabrio não patine. Chama atenção como os 1.230 kg não impedem o modelo de chegar a altas velocidades em um curto espaço de tempo.
Segundo a marca, o carro vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 235 km/h. O consumo informado também impressiona positivamente: na cidade é de 10,4 km/h, na estrada, de 16,9 km/l.
Mini JCW Cabrio tem suspensão rígida, ideal para uma pilotagem mais esportiva (Foto: Miguel Costa Jr.)
Por ‘natureza’, o motor 1.6 turbo entrega 26,5 mkgf entre 1.850 e 5.600 rpm. No entanto, com a opção Overboost acionada, a força sobe para 28,5 mkgf e é entregue a partir de 2.000 rpm. Resultado: em qualquer faixa de giro, o motor está preparado para responder. Os engenheiros da Mini elevaram para 1,3 bar a pressão do turbo e refinaram o sistema de exaustão – especialmente o catalisador – para elevar a ‘saúde’ do JCW Cabrio ao máximo sem prejudicar a durabilidade do conjunto. E, para brecar tudo isso, os discos de freios são maiores.
Problema em rua esburacada
A suspensão, 10 mm mais baixa que a do Cooper S conversível, é dura. Todas as imperfeições do piso são sentidas pelos ocupantes. Ao acertar um buraco grande, a impressão é que o Mini 'quebrou' ao meio, tamanho é a pancada.
A suspensão, 10 mm mais baixa que a do Cooper S conversível, é dura. Todas as imperfeições do piso são sentidas pelos ocupantes. Ao acertar um buraco grande, a impressão é que o Mini 'quebrou' ao meio, tamanho é a pancada.
A contrapartida vem nas curvas: o ‘inglesinho’ está 'grudado' no asfalto. Em nenhum momento, mesmo quando se abusa do acelerador, ele sai do controle. Isso só acontece se o controle de estabilidade for desligado, o que torna a pilotagem mais divertida e mais perigosa.
Interior é sóbrio e tem materiais de qualidade
(Foto: Miguel Costa Jr.)
(Foto: Miguel Costa Jr.)
Interior
Apesar de simples, o acabamento do JCW Cabrio é de boa qualidade. Todas as peças têm encaixes precisos. O velocímetro de estilo ‘balança antiga de farmácia’, localizado no centro do painel, não deixa dúvidas que se estar no pequeno britânico. O conta-giros e o indicador de marchas estão no vão do volante e remetem aos veículos de competição.
Apesar de simples, o acabamento do JCW Cabrio é de boa qualidade. Todas as peças têm encaixes precisos. O velocímetro de estilo ‘balança antiga de farmácia’, localizado no centro do painel, não deixa dúvidas que se estar no pequeno britânico. O conta-giros e o indicador de marchas estão no vão do volante e remetem aos veículos de competição.
O motorista conta com todos os ajustes (manuais) do banco e da coluna de direção (altura, profundidade e longitudinal), o que facilita encontrar a melhor posição ao volante. O espaço para os dois ocupantes da frente é muito bom. Para os dois de trás, é ruim –incomoda até mesmo crianças. O JCW Cabrio tem 3,72 m de comprimento; 2,46 m de distância entre os eixos; e 1,68 m de largura.
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