Na contramão da queda dos juros bancários para pessoa física, a taxa cobrada pelos bancos nas operações com o cheque especial de pessoas físicas avançou no mês passado, quando atingiu 188% ao ano, o maior valor desde abril de 1999 (193,95% ao ano), ou seja, em pouco mais de doze anos, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (24) pelo Banco Central.
No acumulado deste ano, os juros cobrados pelos bancos no cheque especial, uma linha de crédito de emergência, pois possui uma das taxas mais elevadas de todas operações (junto com o cartão de crédito, quando o cliente não paga toda a fatura), avançaram 17,3 pontos percentuais, visto que estavam em 170,7% ao ano no fim de 2010. Esse crescimento foi o maior de todas as operações das pessos físicas e, inclusive, de empresas, disponibilizadas pelo BC.
Linha para 'momentos de aperto'
"O cheque especial tem mostrado esse comportamento [de aumento das taxas] já há alguns meses. Isso reflete muito o perfil do tomador. Há taxas difrerenciadas dentro da mesma modalidade, conforme o tomador. Na medida em que as taxas de juros da modalidade são mais altas, é recomendável que se evite, em termos de custo para o cidadão, este tipo de empréstimo. É uma linha para momentos de aperto. As pessoas tomam esse crédito quando não se tem condições de tomar outro, ou por um momento reduzido", declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.
"O cheque especial tem mostrado esse comportamento [de aumento das taxas] já há alguns meses. Isso reflete muito o perfil do tomador. Há taxas difrerenciadas dentro da mesma modalidade, conforme o tomador. Na medida em que as taxas de juros da modalidade são mais altas, é recomendável que se evite, em termos de custo para o cidadão, este tipo de empréstimo. É uma linha para momentos de aperto. As pessoas tomam esse crédito quando não se tem condições de tomar outro, ou por um momento reduzido", declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.
Uso cresce
Os dados do BC mostram que, assim como as taxas de juros cobradas pelos bancos, o uso do cheque especial também aumentou neste ano. Segundo informações da autoridade monetária, a média diária de concessões desta modalidade de crédito alcançou R$ 1,17 bilhão em julho, o que representa crescimento de 13,9% frente a dezembro do ano passado.
Os dados do BC mostram que, assim como as taxas de juros cobradas pelos bancos, o uso do cheque especial também aumentou neste ano. Segundo informações da autoridade monetária, a média diária de concessões desta modalidade de crédito alcançou R$ 1,17 bilhão em julho, o que representa crescimento de 13,9% frente a dezembro do ano passado.
O crescimento do uso do cheque especial perdeu, entretanto, para o aumento na utilização do crédito pessoal, que avançou 20,1% de janeiro a julho, e para o uso da linha de cartão de crédito, que registrou expansão de 22,6% nos sete primeiros meses deste ano, mas ficou acima das concessões para compras de veículos (que recuaram 17,1% no período) e do crediário (-23,4% até julho). Todas as comparações foram feitas pela média diária.
Inadimplência do cheque especial
Os números do Banco Central também mostram uma subida da inadimplência das operações com cheque especial pessoa física, que atingiram 9% das operações em julho deste ano. Este é o maior patamar desde janeiro deste ano, segundo o Banco Central.
Os números do Banco Central também mostram uma subida da inadimplência das operações com cheque especial pessoa física, que atingiram 9% das operações em julho deste ano. Este é o maior patamar desde janeiro deste ano, segundo o Banco Central.
Em 9%, porém, a taxa de inadimplência do cheque especial é maior do que o nível do crédito pessoal (4,8%) e da linha para compra de veículos (4%), mas é menor do que a inadimplência de aquisição de bens (13,5%).
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