São Paulo – Juntos, todos os datacenters espalhados pelo mundo consumiram 1,5% da eletricidade produzida no planeta em 2010. Considerado isoladamente, o Google respondeu sozinho por 0,01% da demanda energética global no mesmo ano. Os dados são de uma pesquisa feito por um professor de engenharia civil e ambiental da universidade de Standford, nos EUA.
A pedido do jornal The New York Times, Jonathan G. Koomey avaliou o uso de eletricidade pelos principais servidores mundiais de web entre 2005 e 2010. O projeto tinha o objetivo de identificar a “pressão” que os datacenters exercem sobre os recursos energéticos globais levando em conta o aumento do número de servidores esperado para o período.
Em 2007, previsões da Agência de Proteção Ambiental dos EUA indicavam que a maior difusão de computadores e da internet entre a população mundial iria dobrar o consumo de energia pelos bancos de dados mundiais até 2010 em comparação à 2005. No entanto, Koomey verificou um crescimento de apenas 56% no consumo energético no mundo – o maior incremento veio dos EUA, 36% maior que os números registrados no ano base.
Segundo o pesquisador, a explicação pra esse crescimento abaixo do esperado (apesar de constante) reside na crise financeira de 2008 e nas melhorias dos processos de virtualização dos servidores, o que ajudou a reduzir a base real instalada dos centros e, consequentemente, o consumo de energia.
Dados do Google
Durante o levantamento, o professor de Standford conseguiu entrar em contato com um representante da Google, que revelou alguns dados sobre os gastos energéticos da empresa com seus servidores, informações comumente mantidas em sigilo pelo Google.
“David Jacobowitz, do Google, me disse (em conversa por telefone registrada em 13 de maio de 2011) que o total de eletricidade usada pelos centros de dados da empresa foi inferior a 1% dos 198,8 bilhões de kWh consumidos por todos os datacenters do mundo em 2010”, afirma o autor no estudo. Estima-se que o Google trabalhe com cerca de 900 mil servidores. Segundo Koomey, o baixo percentual de consumo energético da gigante da internet reflete a eficiência das instalações reais dos servidores da empresa associadas ao uso de computação em nuvem.
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