Atentas ao crescimento do Facebook no Brasil, as empresas já começam a olhar para o comércio na rede social como uma forma de elevar suas vendas na internet.
O "social commerce" deve gerar US$ 5 bilhões (R$ 8,15 bilhões) em todo o mundo neste ano, segundo estudo da Booz & Company.
Desses, US$ 1 bilhão virá dos EUA, em que 20% das vendas das grandes marcas na web ocorrem no Facebook.
De olho nessa fatia, os sócios Tatiana Albuquerque e Flávio Berman lançaram a E-Like, empresa de soluções voltada para esse mercado.
Em julho, a desenvolvedora colocou na rede seu primeiro produto, o Meu Shopping, uma butique no Facebook que reúne lojas como Enoteca Fasano, as marcas de roupas Richard's e Cantão e a de lingeries Hope.
Ao todo, são oito já em funcionamento, número que deve crescer nos próximos dias com a Sack's, loja de cosméticos on-line do grupo francês de luxo LVMH.
"CURTIR"
Para comprar, é preciso "curtir" a página da marca no Facebook. Toda a transação é feita dentro da rede social.
"Com menos de um mês de loja no ar, tivemos mais de 10 mil usuários cadastrados e ativos", afirma Tatiana.
No Brasil, a rede social tem 22 milhões de usuários. "É o quadrilátero mais caro da internet, como a rua Oscar Freire, em São Paulo", diz.
O diferencial de uma loja no Facebook é aproveitar a interação entre os usuários para divulgar os produtos.
Adquirir um vale-compra para um amigo que faz aniversário naquele dia e ganhar descontos em compras com amigos na rede social estão entre as facilidades oferecidas pelo Meu Shopping.
"Uma loja no Facebook é como estar no shopping com os amigos. Você pode comprar, sugerir um produto. Uma série de interatividades que eu não tenho na loja on-line", diz Vanda Dias, gerente de e-commerce da Hope.
"Estamos muito confiantes com essa plataforma. A tendência é que isso represente uma boa fatia das nossas vendas na internet", diz Alexandre Icaza, da Glamour, site de vestuário previsto para estrear no Meu Shopping ontem.
Editoria de Arte / Folhapress | |
LIKESTORE
Para ajudar pequenos comerciantes a também ter seu espaço no comércio social, a LikeStore criou uma ferramenta em que permite que qualquer pessoa crie sua loja no Facebook.
Desde maio, já reúne 1.060 lojas, tanto de microempreendedores como de grandes marcas. Todos pagam 2% das vendas à empresa, mais 5,9% ao criador da ferramenta de pagamentos.
Gabriel Borges, um dos fundadores, espera que, em um ano, as vendas na LikeStore gerem R$ 18 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário