A chinesa JAC Motors anunciou nesta segunda-feira (1) os planos de instalar sua primeira fábrica de carros no Brasil. A unidade terá investimento de US$ 600 milhões (R$ 900 milhões) e deverá ser inaugurada em 2014 com capacidade de produzir 100 mil veículos por ano, em dois turnos. O local ainda não foi definido, mas segundo Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC, parceiro da marca chinesa no país, a briga está entre dois estados. A preferência deverá ser dada a uma cidade onde já existam recursos para indústria automobilística, como fornecedores de peças.
Na nova fábrica será produzida uma família nova de veículos a serem vendidos abaixo de R$ 40 mil, anunciou a montadora. Haverá ainda um centro de desenvolvimento, com pista testes. O empreendimento que ficará pronto em 2014 deverá gerar, segundo a JAC, 3.500 vagas de empregos diretos e mais de 10 mil indiretos. O capital da fábrica será misto, com 50% chinês e 50% brasileiro. O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) deve participar com o empréstimo de parte do montante.
De acordo com Habib, o crescimento dos volumes de vendas obrigam a marca ter uma fábrica no país. “Não podemos ficar dependendo da oscilação cambial. Isso pode ser extremamente prejudicial”, explicou o empresário responsável por trazer a Citroën no início dos anos 1990 ao Brasil. “Em preciso ter uma base sólida. É fundamental comprar em real, fabricar em real e vender em real”, completou. Uma fábrica de motores também foi descartada.
Segundo números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a JAC Motors foi a 14ª marca mais vendida no primeiro semestre, considerando somente o segmento de automóveis, com 8.565 unidades comercializadas e participação de 0,67% no mercado, seguida pela também chinesa Chery e a Mercedes-Benz.
“Queremos chegar, em pouco tempo a 3% do mercado”, disse Habib, que planeja encerrar o ano com 89 concessionárias no país. “Não estamos presentes em muitos grandes centros do país. Vamos expandir nossa rede para outras regiões, especialmente para o Nordeste.”
A marca chegou ao Brasil em março passado, com o lançamento de dois carros, o hatch J3 e sua versão sedã, o J3 Turin. Na próxima quarta-feira (3), a JAC vai apresentar a minivan J6, já disponível no mercado para pré-venda. Outros dois veículos estão programados para chegar. O J5, um sedã para brigar com Honda Civic, Toyota Corolla e futuramente Chevrolet Cruze, e J2, compacto que desembarcará apenas no segundo semestre de 2012 com valor abaixo do J3.
Exportações
Com a nova fábrica no Brasil, a JAC Motors tem planos de exportar seus veículos para a América Latina e o México. “Temos condições para isso, mas é necessário desenvolver uma rede nestas localidades”, disse Sérgio Habib, que afirmou que não será o responsável por isso. “Com nossos custos de produção, podemos ser muito competitivos na Argentina, por exemplo”, garantiu.
Presença chinesa
Também neste mês, a Chery, deu início à construção de sua primeira unidade no país, em Jacareí (SP). O início da produção é previsto para 2013, com capacidade para 170 mil unidades por ano até 2016. O volume inicial será entre 50 mil e 60 mil veículos e 1,2 mil empregos diretos serão criados, diz a marca. O investimento total é de US$ 400 milhões, sendo que parte do montante foi financiado pelo Banco da China.
Com a nova fábrica no Brasil, a JAC Motors tem planos de exportar seus veículos para a América Latina e o México. “Temos condições para isso, mas é necessário desenvolver uma rede nestas localidades”, disse Sérgio Habib, que afirmou que não será o responsável por isso. “Com nossos custos de produção, podemos ser muito competitivos na Argentina, por exemplo”, garantiu.
Presença chinesa
Também neste mês, a Chery, deu início à construção de sua primeira unidade no país, em Jacareí (SP). O início da produção é previsto para 2013, com capacidade para 170 mil unidades por ano até 2016. O volume inicial será entre 50 mil e 60 mil veículos e 1,2 mil empregos diretos serão criados, diz a marca. O investimento total é de US$ 400 milhões, sendo que parte do montante foi financiado pelo Banco da China.
"Inicialmente, a taxa de nacionalização será de 30%, mas isso aumentará com o crescimento da demanda", afirmou o presidente mundial da Chery Automobile, Yin Tongyue. "Cerca de 80% da produção será para o mercado local", completou o CEO da Chery Brasil, Luis Curi.
Haverá duas plataformas diferentes. A primeira linha será a do modelo A13, que poderá ser chamado de Fulwin no Brasil. Nas versões hatch e sedã, ele concorrerá com os JAC J3 e J3 Turin, também chineses, que estrearam no país em março passado.
Outra chinesa, a Lifan, também teve confirmados neste mês os planos de se instalar no Brasil. Assim como a da JAC, essa fábrica não tem local definido até o momento. O investimento está previsto em US$ 100 milhões. Segundo a Effa Motors, proprietária da marca, a perspectiva é de que a unidade funcione em sistema de CKD (Completely Knocked-down Vehicles), quando o carro chega totalmente desmontado do exterior e é somente montado no local.
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