A Toyota teve sua nota de crédito rebaixada pela agência Moody’s Investor Services, que advertiu que poderá reduzir ainda mais o posicionamento do grupo automotivo japonês nos próximos meses.
Apesar da queda do nível Aa2 para Aa3, a Toyota mantém-se muito à frente de suas concorrentes americanas, ainda abaladas pela crise financeira de dois anos atrás.
A notícia do rebaixamento é mais um golpe na gigante japonesa, que nos últimos anos vem enfrentando sucessivos problemas, começando por gigantescos recalls, queda na qualidade de seus produtos, novos concorrentes e, por último, uma queda na produção devido ao terremoto no Japão que poderá chegar perto de 500 mil unidades.
Apoiadores também têm problemas - De acordo com a Moody’s, a Toyota poderá levar algum tempo até recuperar sua lucratividade costumeira. A possibilidade de uma nova queda na classificação da empresa deve-se à situação dos bancos e do governo japonês que dão apoio à Toyota, que também podem vir a ser rebaixados.
O processo de revitalização dos três grandes grupos americanos, GM, Ford e Chrysler, acabou sendo beneficiado pela queda na produção da Toyota, que abriu parte de sua fatia de mercado para a concorrência. O crescimento das marcas coreanas Kia e Hyundai é uma pressão a mais sobre a empresa, que também lida com dificuldades de exportação devidas à alta cotação da moeda japonesa.
Em seu mercado doméstico, a Toyota tem que lidar com o crescimento da Nissan, segunda maior fabricante japonesa, que acaba de anunciar um ambicioso plano de crescimento para os próximos seis anos. Apesar de também atingida pelo terremoto, a Nissan conseguiu recuperar-se mais rapidamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário