As ações preferenciais (sem direito a voto) do Pão de Açúcar (PCAR4) chegaram a disparar 10% nesta quarta-feira, no segundo dia de forte alta após a proposta de união entre a empresa e a unidade brasileira do Carrefour.
Às 13h30, os papéis tinham alta de 2,84%, cotados a R$ 75,33.
Ontem, as ações do grupo Pão de Açúcar fecharam o pregão com valorização de 12,64%, a R$ 73,25.
A forte alta acontece após o Carrefour, segunda maior rede de varejo do mundo, confirmar que recebeu uma oferta de fusão com o Pão de Açúcar no Brasil.
Sócio francês do Pão de Açúcar diz que Abilio Diniz ignora ética
A rede varejista francesa Casino, sócia do Pão de Açúcar, publicou anúncio nos principais jornais brasileiros nesta quarta-feira criticando duramente a proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour (empresa também francesa).
No texto, chamado "Comunicado ao mercado", o Casino diz que o empresário Abilio Diniz, dirigente do Pão de Açúcar, desrespeitou a lei e a ética.
"O Carrefour e o sr. Abilio Diniz ignoraram deliberadamente tanto a lei e os contratos quanto os princípios fundamentais da ética comercial", diz a nota.
A assessoria de imprensa do Pão de Açúcar disse que a empresa já se pronunciou por meio da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), órgão que fiscaliza o mercado de ações. Ontem, a empresa emitiu um comunicado dizendo que "recebeu, nesta data (quarta-feira, 28), correspondência que contempla uma proposta de associação das atividades da CBD com os negócios do Grupo Carrefour".
O Casino pagou em 2005 para assumir o controle do Pão de Açúcar a partir de julho de 2012. Se o negócio com o Carrefour for confirmado, o Casino perde esse comando. O Casino e o Carrefour são concorrentes na França.
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