Especialista fala sobre como descobrir o que os clientes da nova classe média desejam
São Paulo - O crescimento econômico do país formou, na última década, uma legião de novos consumidores. A chamada nova classe média, ou classe C, representa metade da população brasileira, enquanto a população de baixa renda com algum poder de consumo – a classe D –representa quase 25% da população.
São milhões de pessoas que acabam de ingressar na sociedade de consumo e as empresas que melhor compreenderem suas necessidades terão mais chance de fidelizá-las.
Enquanto os membros de classes sociais mais altas buscam exclusividade, as pessoas de classes C e D querem inclusão. E isso passa pelo poder aquisitivo: “consumo, logo existo”. Eles querem ser respeitados, servidos e valorizados no momento de consumo.
Uma boa ideia é fazer com que se sintam prestigiados e importantes, oferecendo uma proposta de valor interessante, isto é , produtos com qualidade adequada e preços que cabem no bolso.
No momento da compra, eles costumam se sentir mais à vontade em lojas de rua do que em shoppings. Há muitas lojas na periferia das grandes cidades que foram abertas por empreendedores locais, criando um vínculo muito forte com a comunidade.
O ambiente do local de atendimento deve ser alegre, festivo e bonito. Sugiro oferecer uma experiência de compra memorável. Por exemplo, ofereça algum serviço extra, como uma palestra sobre economia doméstica ou educação dos filhos. Os jovens de classes sociais mais baixas formam família cedo, portanto esses temas são muito úteis.
A proximidade é importante, tanto a física porque a locomoção é cara e desgastante, como a psicológica. Por isso, as pessoas de menor renda preferem marcas locais, o que representa oportunidade para pequenas empresas com atuação regional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário