Em uma nuvem pública (como o Google ou a Amazon, por exemplo), não se sabe onde a informação está, ao contrário da nuvem privada (interna a uma empresa).
O analista de gestão em cloud computing da consultoria Gartner, Milind Govekar, afirmou em entrevista ao Terra que existem riscos muito maiores para contratação de serviços de gestão em nuvem quando ela é pública, especialmente de segurança. Em geral, disse, os fornecedores não fazem contratos de serviços e não garantem a segurança das informações. "Várias empresas já perderam dados importantes próprios e de seus clientes. Não existem garantias", explicou Govekar. Mesmo se as empresas que fornecem serviços de gestão em nuvem pública oferecerem um contrato virtual de prestação de serviços, o especialista acredita que não existe a mesma segurança que na nuvem privada. "O problema é que não se sabe onde ficam os dados. O caso da Amazon é um grande exemplo disso", opinou, referindo-se ao caso de falha no sistema de hospedagem da Amazon, que gerou a perda de dados de seus clientes em abril deste ano.
Outro problema apontado pelo especialista é a migração da computação tradicional para a nuvem. Ele a considera problemática para a maioria das empresas. "Não é a coisa mais simples que existe. Muita coisa não é compatível", declarou.
Parte da culpa da deficiência dos sistemas públicos é atribuída aos governos. Segundo o analista, não é possível atender a regulações de segurança dos diferentes países em um software global público. "Não se permite, por exemplo, em alguns casos, que certos dados saiam de um país. É complicado", admitiu.
Apesar das críticas aos sistemas de gestão em computação em nuvem pública, ele vê muitas vantagens na migração para a computação em nuvem, mas prefere a privada. O processo de automação é considerado por Govekar como o principal ganho na eficiência das empresas. "Fica tudo muito padronizado. Mais fácil de usar. Potencialmente diminui custo. Dá mais informações sobre custos e serviços. Dá melhores insights do uso desses serviços", descreveu.
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