Agência inaugura sua nova sede em São Paulo, com presença do CEO global Bob Greenberg
O escritório brasileiro da R/GA anuncia suas primeiras grandes novidades desde a chegada ao País em maio do ano passado, quando começou atuando no atendimento da conta digital de Mastercard. A primeira delas é a conquista da verba do Projeto Beta, da TIM, um novo plano da operadora voltado para jovens. A agência auxiliará o anunciante desde o planejamento estratégico do projeto até a criação de campanhas integradas e plataformas digitais. Além disso, a R/GA segue prospectando e ao menos mais um cliente do setor de alimentos já está fechado.
Para dar suporte ao crescimento, a agência – que tem 25 funcionários e outras 13 vagas que aguardam preenchimento – passa a atuar em uma nova sede, no bairro paulistano do Jardim Paulista. A R/GA brasileira, que recebeu a visita do CEO global Bob Greenberg na semana passada, anunciou ainda a contratação de Edson Sueyoshi (ex-Agência Click Isobar), que assume como diretor de tecnologia, em uma função na qual auxiliará outros escritórios da rede, que já totalizam oito. Além dele, a R/GA é liderada localmente pelo diretor executivo de criação Paulo Melchiori, o diretor de planejamento Fabiano Coura e a diretora de grupo Paola Colombo.
A função de Sueyoshi mostra um pouco do papel estratégico que o escritório brasileiro terá dentro da rede. “Em alguns segmentos, como mídias sociais, o Brasil vai certamente indicar o caminho que a rede vai seguir”, revela Greenberg, que aponta também as oportunidades geradas pelos grandes eventos esportivos como fundamentais para a decisão de abrir uma operação aqui. Além disso, analisa, o Brasil é ponto importante para um plano de internacionalização da R/GA, que pretende ampliar a capilaridade de seus serviços, para poder atender às necessidades de seus clientes multinacionais. “Queremos chegar a 2013 com 20 escritórios em 17 paises”, anuncia. A vinda ao Brasil, por exemplo, esteve diretamente relacionada às necessidades de Mastercard. Até o final do ano estão previstas operações em Bucareste, Cingapura e, revelada em primeira mão, Xangai. Além disso, o executivo revelará em Cannes mais um escritório na Europa.
Outra novidade que ele adianta é que a R/GA passará, mais uma vez, por uma importante mudança de foco de negócios: ela não quer mais ser chamada de agência. “Essa palavra tem uma conexão muito forte com a mídia, que é onde o mercado está baseado. Mas vamos remover esse nome e substituir por algo no qual ainda estamos pensando”, diz. “Adicionamos diversas coisas ao nosso modelo de atuação, e hoje fazemos, por exemplo, eventos, PR, promoção e visualização de dados. Com isso, estamos saindo daquilo que as agências tipicamente fazem”, completa – a agência lançou há duas semanas em Nova York o braço R/GA Live Events, cuja estrutura está disponível a projetos de todos os escritórios.
Vale lembrar que a R/GA já teve diversas faces. Em sua fundação nos anos 70, a então R/Greenberg Associates era uma empresa de design especializada em cinema e efeitos especiais – os nomes dos letreiros iniciais de Super-Homem, por exemplo, são obra dos irmãos Richard e Robert Greenberg. No decorrer dos anos 80, eles mudaram o foco para um estúdio digital, ainda focado no cinema. Em 1995, tornou-se uma agência digital, e em 2004 ampliou a atuação para mobile, mídia social e desenvolvimento de marca. No ano passado, Greenberg disse que não gostava da expressão “agência digital”. Agora, pelo visto, nem de “agência” ele irá gostar mais.
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