“Nossa! Então e-mail era isso? Você tinha que preencher todos esses campos: destinatário, assunto e, ainda, escrever a mensagem?” Essas perguntas que, hoje, podem parecer absurdas, em poucos anos serão tão comuns como as atuais feitas por jovens sobre máquinas de escrever, mimeógrafos e videocassetes. As formas de comunicação estão mudando em uma rapidez espantosa e os jovens as consomem na mesma velocidade.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos pela empresa comScore revelou que o número de acessos aos sites de e-mail caíram em média 6% e, mais especificamente, caíram 18% entre jovens de 12 a 17 anos. De acordo com a mesma pesquisa, os entrevistados desta faixa etária mencionaram que toda a comunicação precisa ser realizada ”em tempo real”. Ou seja, eles acham que entrar em um site, escolher o destinatário, digitar uma linha de assunto e, finalmente, redigir uma mensagem é uma tarefa tediosa e, principalmente, demorada demais.
Por esses motivos, fica evidente que mensagens de texto no celular, além de “ferramentas” de Internet como Twitter, comunicadores instantâneos e redes sociais (Orkut e Facebook, por exemplo), são as únicas formas “aceitáveis” de comunicação para a nova geração. Podemos dizer, ainda, que os softwares que utilizam a tecnologia IP para ligações telefônicas (como o Skype, por exemplo) interromperam um crescimento de 25 anos que era visível no setor de telecomunicações e, como se não bastasse, farão com que a telefonia tradicional sofra mudanças bruscas nos próximos anos.
O que acontecerá após essas mudanças? O telefone será mais um agregador de serviços online do que simplesmente um aparelho de comunicação por voz. Esse cenário não está restrito aos usuários domésticos, uma vez que o mercado corporativo também precisa se preparar urgentemente para a nova realidade. Isso porque, em breve, as empresas estarão recebendo profissionais que convivem desde a infância com as novas formas de comunicação, os talentos da chamada “geração Z” (que também podem ser chamados de “nativos digitais”).
Empresas como o Google, por exemplo, não são sonhos de consumo de dez em cada dez jovens da nova geração por acaso. E não são os fatos de andar de patinete durante o expediente ou trabalhar de bermuda que os atrai. O motivo desta atração pode ser resumido em uma palavra: conectividade.
O novo profissional necessita de liberdade para expor suas idéias, criar e inovar. Mas, principalmente, precisa de conexão com o mundo. Ele quer compartilhar, ser ouvido, ser seguido e, principalmente, ser comentado. Ficar “offline” em um escritório oito horas por dia é, para esses jovens, o mesmo que ficar sozinho em uma ilha deserta sem nenhum contato com a civilização por dias.
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