A Honda demitirá 400 funcionários e deixará outros 800 ociosos na fábrica de Sumaré (SP)a partir de junho, informou a marca japonesa em nota oficial. O corte dos contratados, segundo a empresa, é motivado pela falta de componentes vindos do Japão, que provocará a exclusão do terceiro turno da unidade, além da redução da produção de 600 para 300 automóveis por dia.
Segundo a nota oficial, a Honda teve uma série de conversas com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região para buscar alternativas que viabilizassem a fábrica, mas não teria encontrado soluções. A marca afirma que “lamenta a medida e informa que agora estuda alternativas para os demais funcionários que estarão ociosos no período de redução da produção”. Os 400 funcionários demitidos representavam 12% dos empregados da fábrica.
A Carro Online entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região e conversou com o presidente da organização, Jair dos Santos. Segundo ele, a Honda possuia opção melhor. "Para evitarmos o desligamento dos funcionários, propomos à Honda a redução de três para dois turnos, cada um com 5h30min, em conjunto com férias coletivas rotativas de 400 funcionários. Assim, reduziríamos a produção conforme o demandado, mas ninguém ficaria sem emprego", argumenta Santos.
De acordo com Santos, a Honda deve gastar R$ 70 milhões para despedir os 400 funcionários. "O prejuízo que a Honda teria para manter todos os operários na nossa proposta seria exatamente o mesmo, de R$ 70 milhões. Todos teriam seu emprego até que a situação se normalizasse, em 7 meses", disse Santos.
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