quinta-feira, 14 de abril de 2011

Grupo Estado inaugura pré-impressão digital

 

Digitalização do processo permitirá acréscimo de 20 minutos adicionais para fechamento editorial e publicitário

O Grupo Estado, que edita os jornais O Estado de S.Paulo e o JT, inaugurou oficialmente o novo processo de pré-impressão em evento realizado nesta quarta-feira, 13, na sede da empresa. O Grupo adquiriu quatro linhas CTP (computer to plate ou, numa tradução livre, direto para a chapa) que permitem a pré-impressão de 1,2 mil chapas/hora (cada chapa equivale a uma página de jornal). O processo de impressão passa a ser baseado em tecnologia térmica, em substituição ao convencional, de filmes.

O maior ganho, de imediato, é para a área editorial e comercial. “A redação e a área comercial ganham 20 minutos adicionais por dia com o novo processo”, diz o diretor industrial do Grupo Estado, José Odair Bertoni. Os demais ganhos se dão na qualidade, perceptível para o leitor, e no apelo ecológico. “O novo processo deixa de gerar resíduos químicos do processo anterior de filmes”, explica Bertoni.

Na tecnologia CTP, fornecida pela Kodak, o processo converte a informação digital (textos e imagens) em chapas para impressão. Esse processo ocorre sem a necessidade de geração de fotolitos e usa a tecnologia a laser para gravar as chapas a partir do equipamento platesetter. O processo elimina, ainda, a montagem manual.

O diretor do Grupo Estado diz que o benchmarking para a empresa foi o jornal norte-americano San Francisco Chronicle, que já adotou esse processo. No jornal dos Estados Unidos, a impressão é feita pela gráfica terceirizada Transcontinental. No Grupo Estado, além de imprimir os dois jornais da casa, a gráfica atende mais de 30 jornais de terceiros.

O diretor de vendas da Kodak, Anderson Chaves, afirma que o fornecimento ao Grupo Estado servirá de referência para outros parques gráficos brasileiros. “Essa atualização representa um salto tecnológico para a indústria de jornais”, diz. Com a adoção da tecnologia, o Grupo Estado adquire uma capacidade produtiva sem precedentes no Brasil, segundo Bertoni. Chaves informa que, nos Estados Unidos, Ásia e Europa, a adoção da tecnologia térmica já é superior à convencional, de filmes.

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