quinta-feira, 31 de março de 2011

Fluence tem atributos para incomodar líderes

As primeiras unidades do sedã Fluence começam a chegar de verdade às concessionárias Renault. Mas já testamos uma unidade em sua versão de entrada, a Dynamique, e pudemos constatar que o modelo significa um considerável upgrade em relação ao veículo que substitui, o Mégane, com grandes chances de incomodar os líderes Toyota Corolla e Honda Civic.
Com ótima ergonomia, maciez ao dirigir e alto torque (força) do motor, que responde rápido às solicitações do motorista, o Fluence equipado com câmbio manual (de seis velocidades!) e sem o GPS integrado ao painel que existe na versão mais sofisticada não faz feio. É extremamente ágil e gostoso de dirigir.Seu motor é oriundo da Nissan, um 2.0 16V Hi-Flex, com potência de 140 cv (cavalos) com gasolina a 143 cv com álcool. Só no motor, o carro perdeu 38 kg em razão do emprego em profusão do alumínio em partes como bloco, cabeçote, cárter, suporte de acessórios e bomba d’água.

Segundo a fábrica, a versão que Interpress Motor avaliou chega à velocidade máxima de 200 km/h. Se o carro fosse automático (no caso, é o câmbio CVT, à prova de trancos nas mudanças de marcha), seriam 195 km/h.

Embora ainda seja novidade, nas ruas o Fluence se mantém discreto. A inovação do cartão com sensor de presença no lugar da chave e a partida por botão permanece. Mas, em vez de um freio de mão que se assemelha a um comando de avião, uma alavanca clássica. Seu porta-malas leva 530 litros.Na versão que testamos, o carro parte de R$ 59.990 e já vem com ar-condicionado digital dual zone, direção elétrica, indicador de temperatura exterior, rádio com conexão USB e para iPod (pode tocar suas músicas pareando o Bluetooth), seis airbags (frontais, laterais e duplos de cortina), freios com sistema ABS (antitravamento) que inclui EBD (distribuidor eletrônico da frenagem) e AFU (auxílio à frenagem de urgência), sensor de chuva e acendimento dos faróis, entre outros itens.

Caso prefira o câmbio automático, é preciso desembolsar R$ 64.990. A top de linha, que só tem automático e se chama Privilége, custa R$ 75.990 e vem com acabamentos cromados no porta-malas e no farol de neblina, interior cinza escuro e claro com detalhes cromados, retrovisor eletrocrômico, ESP (controle de estabilidade), ASR (controle de tração), controlador e limitador de velocidade, sistema de som com entrada USB e iPod, GPS integrado ao painel e rodas de liga leve aro 17 (na Privilége são 16).Como únicos opcionais, há pintura metálica (R$ 850), bancos de couro (R$ 1.800), teto solar (R$ 2.500) e, na versão top, pacote que inclui faróis de xenônio com regulagem de altura e lavador e o teto solar elétrico com sistema anti-esmagamento, por R$ 4.000. A garantia é de três anos ou 100 mil quilômetros.

No modelo, a Renault abandonou o design ousado e as firulas, que comprovadamente afugentam o consumidor brasileiro, que é bem mais conservador do que se pensa. A velha e boa alavanca volta, em vez do comando que parece um manche de avião. Do antigo modelo, só o cartão no lugar da chave. Deve fazer sucesso.

FICHA TÉCNICA
Renault Fluence Dynamique
Motor:
dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, flex, 1.997 cm³ de cilindrada
Potência: 140 cv (gasolina) a 143 cv (etanol) a 6.000 rpm
Torque: 19,9 kgfm (gasolina) a 20,3 kgfm (etanol) a 3.750 rpm
Direção: elétrica
Câmbio: manual de seis velocidades
Suspensão: tipo McPherson, com molas helicoidais e barra estabilizadora; traseira com eixo soldado em “H” de deformação programada e barra estabilizadora
Freios: a disco nas quatro rodas, com sistemas ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e AFU (auxílio à frenagem de urgência)
Dimensões: 4,62 m de comprimento; 1,81 m de largura; 1,47 m de altura; 2,70 m de entre-eixos
Peso: 1.369 kg
Tanque: 60 litros
Porta-malas: 530 litros
Preço: R$ 59.990

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