quinta-feira, 31 de março de 2011

Avaliamos o futuro nacional Jimny

Após deixar o Brasil em 2003 e retomar suas atividades em 2008, a Suzuki promete conquistar vendas consistentes no Brasil. Após a empresa anunciar a construção de uma fábrica em território nacional para manufaturar 3.000 unidades do Jimny por ano, fomos convidados pela própria Suzuki nos últimos dias 26 e 27 para avaliar o 4x4 compacto da marca em Ilhabela (SP).




Após deixar o Brasil em 2003 e retomar suas atividades em 2008, a Suzuki promete conquistar vendas consistentes no Brasil. Após a empresa anunciar a construção de uma fábrica em território nacional para manufaturar 3.000 unidades do Jimny por ano, fomos convidados pela própria Suzuki nos últimos dias 26 e 27 para avaliar o 4x4 compacto da marca em Ilhabela (SP).

Medindo 3,64 m de comprimento, 1,60 m de largura, 2,25 m de entre-eixos e 1,70 m de altura (um Ford Ka possui 3,83 m  1,81 m, 2,45 m e 1,42 m, respectivamente) o compacto da Suzuki transporta até quatro pessoas e é oferecido em três versões, todas equipadas com com motor 1.3 16V de 85 cavalos de potência e 11,2 kgfm de torque, câmbio manual de 5 marchas e sistema de tração dianteira com seletor para 4x4 e 4x4 com reduzida. Na configuração básica o Jimny custa R$ 54.790 e entre seus principais itens de série se destacam o ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, limpador e lavador do vidro traseiro, além de pneus 205/70 R15 e faróis de neblina.

A configuração HR, intermediária, custa R$ 57.590 e oferece os mesmos itens de série da versão básica, com a adição de novos para-choques, adereços visuais nas laterais, além de novos pneus 215/75 em rodas aro 15”. Com pneus de maior área lateral, o modelo passa a ter 23,5 cm de vão livre em relação ao solo (20 cm na versão básica), além de oferecer ângulos de ataque e saída de 41º e 52º (37º e 56º na configuração de entrada). A altura do jipe também é elevada para 1,75 m na HR.

Já a configuração Jimny by DDS (R$ 75.000) foi desenvolvida em parceria com a preparadora DDS e é voltada para uso off-road severo. Esta versão conta com suspensão elevada, rodas de aro 16” com pneus off road na medida 235/85, novos para-choques, sistema de escape de aço inoxidável, motor “selado” (com proteções para evitar com que água danifique componentes elétricos e mecânicos em travessia de ricahos, por exemplo), snorkel, faróis com máscara, revestimento dos bancos com neoprene, entre outros.

Para a avaliação a Suzuki disponibilizou a configuração top de linha do jipe compacto, e aproveitamos as diversas trilhas disponíveis em Ilhabela para averiguar as capacidade do modelo.

Na trilha

Assim como a maioria dos automóveis preparados para enfrentar situações críticas de off-road, o Jimny não pode ser considerado um veículo confortável, apesar da direção hidráulica, assentos confortáveis e do ar-condicionado que foi eficiente mesmo com o calor escaldante que fazia durante a avaliação. Embora sua suspensão tenha demonstrado firmeza para a superar erosões, depressões profundas e enfrentar aclives e declives, o conjunto mostrou-se muito duro em pavimentos irregulares.

As dimensões do Jimny permitem bom espaço interno para os ocupantes dos assentos dianteiros, embora a área para pernas no assento traseiro, como foi averiguado, seja crítica. Lá, dois adultos só cabem por trajetos curtos.  Já o teto alto oferece boa área para cabeça dos ocupantes em qualquer um dos quatro assentos, enquanto a boa área envidraçada permite boa visibilidade para o motorista.

Se por um lado as dimensões compactadas do Jimny o tornem ideal para ser utilizado por apenas duas pessoas, o modelo agradou pelo diâmetro de giro de 9,8 m, o que facilita em manobras tanto em locais apertados em trilhas quanto em uso urbano, na hora de balizar.

Embora o ronco do escape de aço inoxidável do Jimny by DDS sugira alto desempenho, o jipe compacto sofre com baixo rendimento de seu motor 1.3 16V, que ainda é obrigado a lidar com as rodas maiores, que exigem mais força para que possam ser movimentadas. Em aclives com muita inclinação o modelo exibiu a necessidade de ter seu sistema de tração 4x4 com reduzida ativada para evitar sobrecarregar o sistema de embreagem.

Com visual esportivo e imponente, o Jimny provou que possui potencial para enfrentar trilhas que são encaradas somente por automóveis de porte maior. Com custo elevado para sua oferta e motor com rendimento limitado, todavia, o modelo ainda precisa de aprimoramentos para se tornar uma opção mais viável.



Após a realização do test drive e a elaboração desta matéria, o engenheiro da Suzuki, Ricardo Takeo, entrou em contato com a Carro Online para informar que o Jimny by DDS disponibilizado para o teste não contava com a redução do diferencial que é implementada pela preparadora DDS. De acordo com Takeo, a redução na relação do diferencial é de 15%, o que compensa o conjunto de rodas e pneus maiores, elevando o torque do modelo.

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