sexta-feira, 27 de abril de 2012

Revistas femininas faturam R$ 800 milhões em 2011

Receita bruta com circulação é a maior dos últimos 11 anos, aponta IVC


O segmento de revistas femininas registrou no ano passado seu maior faturamento desde o ano 2000 e alcançou R$ 800 milhões em receita bruta, aponta levantamento do IVC (Instituto Verificador de Circulação). Os números são uma estimativa do órgão e consideram o montante de exemplares vendidos multiplicados pelo preço de capa. Não constam no valor projetado os descontos em assinaturas nem a receita com publicidade.

No ano passado, o número de exemplares vendidos chegou a 150 milhões, representando um terço do volume total de revistas comercializadas no país, aponta o instituto, que pesquisou a circulação média e a venda de exemplares de 176 títulos entre os anos 2000 e 2011, ligados aos temas bem-estar, comportamento, casa, moda e entretenimento. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (26) no seminário "O poder das revistas femininas", promovido pela Aner.

Enquanto entre 2000 e 2005 os títulos registraram forte queda, a partir de 2006 o segmento de revistas femininas apresentou crescimento médio de 6% anualmente, alavancado sobretudo pelas semanais, que subiram 56% no período. Já as mensais tiveram alta de 48%. A modalidade mais utilizada pelo leitor foi a compra avulsa, que cresceu 67% nos últimos cinco anos. A assinatura subiu 29%.

O preço médio também evoluiu: enquanto as revistas com preço de capa caíram pela metade entre 2000 e 2005 - de 90 milhões para 40 milhões -, os títulos com valor entre R$ 5 e R$ 10 subiram vertiginosamente. A partir de 2008, foi a vez das revistas acima de R$ 10 apresentaram forte crescimento.

Para Pedro Silva, presidente executivo do IVC, a alta mostra que o meio está mais maduro. “No meio da década passada, as editoras estavam em um momento muito difícil. Editoras investiram para deixar o negócio saudável, o que explica o crescimento vigoroso dos preços. A alta de títulos mais caros gera margem melhor e se transforma em investimentos futuros”, analisa.

As revistas mais caras, entretanto, não substituíram as com preço de capa menor. Ao contrário: após 2006, o instituto voltou a observar a evolução de títulos populares. Hoje eles são a categoria mais vendida no segmento feminino: foram 80 milhões de exemplares só no ano passado. “Durante sua reestruturação, as editoras abandonaram títulos com pouca expressão e novas revistas foram lançadas a partir de 2005, com novo posicionamento”, explica.

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