Receita bruta com circulação é a maior dos últimos 11 anos, aponta IVC
O segmento de revistas femininas registrou no ano passado seu maior
faturamento desde o ano 2000 e alcançou R$ 800 milhões em receita
bruta, aponta levantamento do IVC (Instituto Verificador de Circulação).
Os números são uma estimativa do órgão e consideram o montante de
exemplares vendidos multiplicados pelo preço de capa. Não constam no
valor projetado os descontos em assinaturas nem a receita com
publicidade.
No ano passado, o número de exemplares vendidos chegou a 150 milhões,
representando um terço do volume total de revistas comercializadas no
país, aponta o instituto, que pesquisou a circulação média e a venda de
exemplares de 176 títulos entre os anos 2000 e 2011, ligados aos temas
bem-estar, comportamento, casa, moda e entretenimento. Os números foram
divulgados nesta quinta-feira (26) no seminário "O poder das revistas
femininas", promovido pela Aner.
Enquanto entre 2000 e 2005 os títulos registraram forte queda, a
partir de 2006 o segmento de revistas femininas apresentou crescimento
médio de 6% anualmente, alavancado sobretudo pelas semanais, que subiram
56% no período. Já as mensais tiveram alta de 48%. A modalidade mais
utilizada pelo leitor foi a compra avulsa, que cresceu 67% nos últimos
cinco anos. A assinatura subiu 29%.
O preço médio também evoluiu: enquanto as revistas com preço de capa caíram pela metade entre 2000 e 2005 - de 90 milhões para 40 milhões -, os títulos com valor entre R$ 5 e R$ 10 subiram vertiginosamente. A partir de 2008, foi a vez das revistas acima de R$ 10 apresentaram forte crescimento.
O preço médio também evoluiu: enquanto as revistas com preço de capa caíram pela metade entre 2000 e 2005 - de 90 milhões para 40 milhões -, os títulos com valor entre R$ 5 e R$ 10 subiram vertiginosamente. A partir de 2008, foi a vez das revistas acima de R$ 10 apresentaram forte crescimento.
Para Pedro Silva, presidente executivo do IVC, a alta mostra que o
meio está mais maduro. “No meio da década passada, as editoras estavam
em um momento muito difícil. Editoras investiram para deixar o negócio
saudável, o que explica o crescimento vigoroso dos preços. A alta de
títulos mais caros gera margem melhor e se transforma em investimentos
futuros”, analisa.
As revistas mais caras, entretanto, não substituíram as com preço de
capa menor. Ao contrário: após 2006, o instituto voltou a observar a
evolução de títulos populares. Hoje eles são a categoria mais vendida no
segmento feminino: foram 80 milhões de exemplares só no ano passado.
“Durante sua reestruturação, as editoras abandonaram títulos com pouca
expressão e novas revistas foram lançadas a partir de 2005, com novo
posicionamento”, explica.
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