Em entrevista a jornalistas brasileiros, nesta terça-feira (10), o o CEO da marca, Dan Akerson, reconheceu que a linha da General Motors necessitava ser atualizada no país e festejou os primeiros resultados desses processo.
"Há 18 ou 19 meses, nosso portfólio estava envelhecido e precisava ser renovado. Começamos um investimento duplo, onde aplicamos em novos produtos e capacidade de produção. Os resultados de venda e opinião pública de Cobalt e Cruze mostram que estavamos corretos."
Até dezembro, a montadora deverá concluir boa parte da atualização de seus produtos no Brasil que, após o lançamento dos sedãs Cruze e Cobalt, contará com a nova S10, o Cruze hatch, o hatch Sonic, o Cobalt automático, entre outras novidades. A marca terá 7 lançamentos até dezembro.
Investimentos continuamUm novo ciclo de investimentos será anunciado ainda neste ano, segundo Jaime Ardila, ex-presidente da filial brasileira da montadora norte-americana, que atualmente comanda a GM América do Sul, e que acompanhava Akerson na entrevista.
Terceiro maior mercado da General Motors no mundo, o Brasil continuará recebendo investimentos, reforçou Akerson. O país só fica atrás de China e dos Estados Unidos em vendas para a montadora. "É um mercado-chave para a GM, já que metade da população mundial vive no BRIC”, disse o executivo, se referindo ao bloco comercial formado pelos também emergentes Rússia, Índia e China.
OpelAltamente deficitária em 2010, ano em que registrou prejuízo de US$ 1 bilhão, a agora recuperada Opel continuará sob a administração da GM – embora muitos boatos em 2011 afirmavam que a divisão europeia da companhia seria vendida. De acordo com Akerson, ela deverá ter, até 2014, 80% de seus produtos com, no máximo, 3 anos de vida.
No entanto, a presença da Opel no Brasil, outrora praticamente dominante nos produtos comercializados no mercado brasileiro, como Omega, Kadett, Vectra, Astra e Corsa, tenderá a diminuir: quem tem assumido seu lugar como fornecedora de projetos para o país é a sul-coreana Daewoo, mentora do Cruze, por exemplo.
Segundo Akerson, a marca asiática tem sido mais “flexível” em desenvolver plataformas globais, que fazem parte da estratégia da marca para se manter na liderança mundial de vendas, posto recém retomado pela Toyota.
No entanto, a Opel como marca em si retornou à América do Sul. A primeira operação aberta foi no Chile. Porém, devido ao “custo Brasil”, está longe de bater às portas do país.
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