Marca Patati Patatá movimenta até R$ 100 milhões por ano com 350 produtos licenciados
De segunda a sexta, dois palhaços altos e coloridos alegram as manhãs do SBT no programa Carrossel Animado, voltado para um público de até oito anos de idade. A dupla Patati Patatá, no comando da atração que tem média de cinco pontos no Ibope, é apenas a ponta do iceberg de um negócio milionário, que movimenta de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões por ano com a venda de produtos licenciados.
São mais de 350 itens de vários segmentos, como papelaria, alimentos, cosméticos, artigos para festas, vestuário, editorial, entre outros, produzidos em parceria com 54 empresas. Entre elas, fabricantes de peso como a Grendene, responsável pelos calçados, e a Panini, que faz revistas e figurinhas. O primeiro produto licenciado foram os bonecos, lançados em 2010, pela Multibrink.
“Os palhaços venderam 12 vezes mais que os bonecos da Disney feitos pela mesma empresa”, assegura o empresário Rinaldo Helder Faria, dono da marca Patati Patatá e da Rinaldi Produções, e que recebe cerca de 10% em royalties pelo licenciamento da grife. Os contratos são gerenciados pela Kasmanas Licensing, que na semana passada recebeu o Prêmio Licença Destaque 2011, em votação organizada pela revista Espaço Brinquedo. Patati Patatá superou nomes de peso como Carros 2 e Galinha Pintadinha.
À frente desse império do entretenimento, Faria, 40 anos, detém a marca Patati Patatá desde os 14. Não sabe precisar o valor da grife, mas dá uma pista. “Não venderia por R$ 100 milhões”. Ex-mágico e ex-palhaço (durante sete anos atuou como Patatá), Rinaldi, como é conhecido, comanda o negócio com pulso firme e olhos atentos a todos os detalhes. São 350 funcionários e 40 duplas de palhaços, que fazem shows e apresentações em escolas de 17 Estados brasileiros. Por ano, são 14 mil espetáculos escolares e quase três mil shows, que alavancam as vendas diretas de CDs e DVDs – mais de oito milhões de cópias de 17 títulos divididos entre as duas mídias já foram comercializadas. O quartel-general da trupe é na Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.
No início da carreira, há 26 anos, os palhaços faziam os shows gratuitamente nas escolas e ganhavam dinheiro tirando fotos com as crianças. O modelo de negócio migrou para a comercialização de CDs no final das apresentações. No ano passado, fecharam contrato com a Som Livre e, entre setembro e dezembro, venderam 300 mil unidades de Brincando com Patati Patatá, (box com quatro DVDs). De acordo com Rinaldi, os números deixam para trás o ídolo adolescente Luan Santana.
Dentro dos planos de expansão do negócio, para 2012 os projetos já foram traçados. Incluem a criação da Família Patati Patatá, o lançamento de uma revista em quadrinhos e um filme. “Ainda estamos em fase de roteiro”, despista.
Outro projeto é levar os palhaços para outros países, começando pelos Estados Unidos, com o lançamento de uma loja de produtos nas terras do Tio Sam para demonstrar a marca. “Se o Bozo veio para o Brasil, por que não podemos levar alegria para fora?”. Quando criou as fantasias, o empresário garante que já pensava em exportar os personagens. Patati, por exemplo, veste fantasia azul, vermelha e branca, combinação perfeita para conquistar as crianças americanas. O verde-amarelo da bandeira brasileira está no traje de Patatá. A dupla já realizou quatro shows nos Estados Unidos.
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