O bairro do Tucuruvi, na região norte de São Paulo, foi o que registrou a maior valorização do metro quadrado na capital entre abril e outubro deste ano. O aumento foi de 53%, segundo pesquisa realizada pelo Ibope. O instituto de pesquisa não divulgou o preço do metro quadrado no bairro, mas dados da Geoimovel apontam que o valor médio chega a R$ 6.260.
Uma das razões para o aumento pode ser a chegada do Shopping Metrô Tucuruvi, que ainda está em obras, avalia Marcio Bagnato, diretor da Habitacional. "Especula-se que os imóveis da região valorizaram de 20% a 25% em função do [futuro] shopping", afirma.
Arte/Folhapress | ||
Apesar de ser um bairro vizinho ao Tucuruvi, Santana apresentou o menor crescimento na cidade no mesmo período.
Segundo Bagnato, o resultado do Ibope corresponde à saturação do mercado imobiliário em Santana, que também ajuda a explicar a valorização do Tucuruvi. "Ele se apresenta como uma alternativa a Santana, com menos trânsito e vias melhores", explica.
ZONA NORTE
Na pesquisa do Ibope, a zona norte foi divida em duas: noroeste, onde estão distritos como Freguesia do Ó e Cachoeirinha; e norte, onde ficam distritos como Mandaqui, Santana e Tucuruvi (veja arte).
Na área norte, o valor médio do metro quadrado aumentou, em seis meses, 28% (R$ 5.114), e o dos usados, 19% (R$ 4.378). Já no noroeste, o preço cresceu 21% (R$ 4.219 o m²), enquanto os novos subiram apenas 3% (R$ 4.627 o m²).
Segundo o diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, Antônio Carlos Ruótolo, essa inversão pode ser um movimento natural do mercado. "É cíclico. O aumento do usado é uma indicação de que aquela região está valorizada. Ela passa a atrair lançamentos, que, por sua vez, voltam a ser mais valorizados do que os usados", explica.
Bagnato atribui o resultado ao aumento do poder aquisitivo dos moradores da região. "Na área noroeste, a renda é um pouco menor e tem menos terreno para lançamentos, por isso os usados foram mais valorizados", avalia.
Dados do GeoSecovi apontam que a zona norte recebeu, no período, 60 lançamentos acima de R$ 1,5 milhão, todos em Santana, e 1.918 imóveis abaixo de R$ 170 mil, quase 54% deles na Cachoeirinha.
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