sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Venda de importados cresce 10,5% em setembro

Das 27 marcas associadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), 20 registraram crescimento médio de 10,5% no número de emplacamentos em setembro, em relação ao mês anterior – foram 22.569 unidades, contra 20.420 em agosto. Motivo: antecipação das compras de veículos com "IPI antigo"."Nossa expectativa para setembro era de ficar entre 16 mil e 18 mil unidades emplacadas, mas, com o anúncio do decreto 7.567, houve uma corrida às concessionárias, já que o estoque na rede de revenda estava garantido com preços sem o repasse de 30 pontos porcentuais do IPI", diz José Luiz Gandini, presidente da entidade.


Nesta quinta (13), Interpress Motor esteve em uma revenda Mercedes-Benz e simplesmente não encontrou modelos em estoque. "Uma nova tabela está prevista para chegar na próxima semana. O reajuste não deve ser de 28%, mas haverá reajuste", afirmou a vendedora da marca alemã, que não pertence à Abeiva, mas foi atingida pela alta do IPI.

Na comparação com setembro de 2010, quando foram emplacados 11.826 veículos, o total de 22.569 unidades significou aumento de 90,8%. No acumulado de janeiro a setembro, as associadas à Abeiva chegaram a 151.850 unidades emplacadas, 108,9% a mais em relação ao mesmo período de 2010, quando registraram-se 72.694 emplacamentos.

"Até o final deste mês, a maioria dos carros importados deve sofrer o impacto do novo IPI. Algumas empresas já anunciaram repasses parciais e gradativos de preços finais aos consumidores. Outras associadas ainda permanecem em negociação com os seus fornecedores e também com a rede autorizada, além de enxugar os próprios investimentos da importadora. De qualquer maneira, nossos volumes de vendas a partir deste mês tendem a cair, cujas projeções são de difícil previsibilidade", prevê Gandini.

Para ele, os próximos 15 meses serão "difíceis" para todas as associadas à entidade. "Mas, cada qual à sua maneira, as filiadas vão permanecer ativas no mercado brasileiro. Vamos tentar majorar com o menor porcentual possível, já pensando em 2013. Espero que não mudem as regras do jogo ao final de 2012, prazo de validade do decreto."

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