terça-feira, 25 de outubro de 2011

Internet no país deve se igualar à de desenvolvidos até 2014, diz ministro

O custo e a qualidade do serviço de internet no Brasil não estão “tão defasados” em relação ao que se vê no exterior, segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. De acordo com ele, a tendência é que a qualidade e a velocidade da internet nacional se igualem à dos países desenvolvidos até 2014.

"A Itália e a França licitaram celular de quarta geração agora, setembro, outubro. Nós vamos fazer [a licitação] em abril do ano que vem. A tendência é que até 2014 nós vamos estar equiparados com esses países [na qualidade e velocidade da internet]", afirmou, em entrevista ao G1.
“Não estou dizendo que a nossa internet é uma maravilha. Mas ela não está tão fora assim”, disse o ministro. “As pessoas têm direito de reclamar e nós temos que cobrar cada vez mais. Agora, eu não acho que nós estejamos tão defasados em relação aos outros lugares.”
Bernardo disse que o governo está empenhado em promover a melhoria do serviço de internet no país, e ressaltou que o plano de metas de qualidade, em discussão na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai obrigar as empresas a garantir ao cliente percentual maior da velocidade contratada – hoje não existe regra sobre velocidade, e as empresas chegam a fornecer apenas 10% do contratado.
Para o ministro, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que passou a oferecer em outubro internet de 1 Mbps por R$ 35 ao mês, e a expansão do serviço de TV a cabo e a licitação da quarta geração da telefonia celular, programada para 2012, também vão ajudar na melhoria desse serviço.
‘Muita reclamação’ sobre o PNBL
O ministro disse que está havendo uma “grande procura” pela assinatura de internet pelo PNBL junto às empresas de telefonia, e que a oferta reduzida do serviço tem gerado reclamações.
“Está muito grande a procura, e como as empresas estão escalonando, estão oferecendo em alguns municípios e em outros ainda não, tem muita reclamação por conta disso”, disse Bernardo. Ele afirmou que pediu à concessionária Oi que acelere a expansão da oferta do serviço.
A oferta do serviço começou no dia 1º de outubro. A meta do programa é oferecer internet de alta velocidade com assinatura máxima mensal de R$ 35 em todo o país até o final 2014.
O ministro também defendeu a opção feita pelo governo de oferecer conexões do PNBL via empresas de telefonia ao invés de usar a Telebrás, como estava previsto inicialmente.
“Uma empresa pública tem muito mais amarras no sentido de começar e desenvolver os seus investimentos. O PNBL não é só esse plano nacional de internet popular. Nós temos programa de investimento, programa de competitividade, obrigar o compartilhamento de linha”, disse.

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