Quem também acabou de entrar no Brasil e já faz grandes planos é a chinesa Tee-hee, que vem investindo em mercados emergentes e conta com 10 anos de experiência em marketing
Depois de avançar no setor automobilístico, mineral e de terras, empresas chinesas chegam com força no mercado publicitário brasileiro. Do ano passado para cá, ao menos cinco agências chinesas entraram no País, sempre focadas em parcerias. O plano é, inclusive, atender empresas compatriotas, como o varejo de veículos importados e as áreas de infraestrutura e tecnologia, em que os investidores chineses resolveram avançar com força pelo País.
A Chee Lin, com um escritório recém-lançado no nordeste, é uma dessas agências e começará os serviços em novembro. “Estudamos o mercado brasileiro com cautela e escolhemos o nordeste pois percebemos lá esta demanda ainda mais evidente”, explicou Rubens Júnior, responsável pelos negócios da empresa no País. Para abrir a empresa, a holding chinesa irá investir nos próximos cinco anos cerca de R$ 400 milhões.
Quem também acabou de entrar no Brasil e já faz grandes planos é a chinesa Tee-hee, que vem investindo em mercados emergentes e conta com 10 anos de experiência em marketing promocional. O grupo, que começou a atuar em fevereiro, conta com clientes como Flash Power e Burger King. Com sede em Xangai, na China, e escritório em São Paulo, a empresa está sob o comando de cinco sócios. A proposta da Tee-hee Brasil é integrar as plataformas on-line e off-line em ações de marketing inovadoras.
Ao prever a saturação da Europa, o sócio da Tee-hee Raimondo Gissara decidiu investir em países em desenvolvimento. “A estratégia foi encontrar locais onde ideias criativas pudessem ser implantadas. Na Europa o setor já foi explorado”, afirmou.
A chegada da concorrência ao mercado nacional não inibiu ainda as agências brasileiras. Para Marcelo Vieira, sócio da agência publicitária Beevolt, a concorrência ainda é saudável. “A entrada de novos players faz com que a qualidade do trabalho melhore.
Logo as empresas que abriram as portas na euforia vão fechar, e ficarão só os maiores do mercado” aposta. Este ano, a Beevolt fechou parceria com a portuguesa Laranja Mecânica, do megaempresário João Monsanto. “O mercado europeu enfrenta dura crise na publicidade. Mas agora os olhos do mundo estão no Brasil.”
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