De acordo com Nilo Lopes, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a melhora nas vendas dos supermercados se deve ao comportamento menos agressivo dos preços dos alimentos. "Não resta dúvida", disse Lopes. "A alta (nas vendas do varejo) se deve ao bom desempenho de supermercado. Como é um item muito pesado, contribuiu muito mais para a taxa do que (a atividade de) móveis e eletrodomésticos, que subiu 4,1%. Supermercado pesa três vezes mais".
O técnico do IBGE ressaltou que o setor de móveis e eletrodomésticos vem mantendo taxas de crescimento semelhantes às do ano passado. "A mudança de posição da classe menos favorecida para uma classe mais alta resultou nesse aumento. Isso vem com uma demanda reprimida", afirmou.
Na comparação com julho do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 7,1% em julho deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de uma alta de 4,90% a 8,10%, com mediana de 6,60%. Até julho, as vendas do setor acumulam altas de 7,3% no ano e de 8,5% nos últimos 12 meses.
A receita nominal do comércio varejista subiu 1,6% em julho, na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Em relação a julho de 2010, a alta na receita foi de 12,5%.
No acumulado do ano, a receita nominal do comércio cresceu 12,3% e, nos 12 meses encerrados em julho, 13,2%. A média móvel trimestral ficou em 1,1% no trimestre encerrado em julho.
Varejo ampliado
As vendas do comércio varejista ampliado, que incluem as atividades de material de construção e veículos e motos, partes e peças, subiram 0,6% em julho ante junho, acima das expectativas dos analistas.
Na comparação com julho do ano passado, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 7,7% em julho deste ano, dentro do esperado pelo mercado. Até julho, as vendas do setor acumulam altas de 9,0% no ano e de 10,5% nos últimos 12 meses.
Revisões
O IBGE revisou a taxa de variação das vendas do comércio varejista em junho, na comparação com o mês anterior. O aumento do volume de vendas foi recalculado de 0,2% para 0,3%. Também houve revisão nas vendas de maio ante abril, que passaram de uma variação de 0,7% para 0,8%, e na taxa de abril ante março, que saiu de -0,2% para -0,1%.
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