A General Motors planeja o novo ciclo de investimento nas fábricas brasileiras para os próximos cinco anos, mas ainda não fala em cifras. O último pacote da montadora para o país foi de R$ 5 bilhões e terminará de ser aplicado no ano que vem; ainda faltam nove lançamentos. A nova presidente da GM Brasil, a norte-americana Grace Lieblein, adiantou nesta quarta-feira (27) que novos produtos serão desenvolvidos para o próximo ciclo, assim como novas tecnologias e a expansão de todas as unidades fabris.
"Não temos planos específicos agora. Mas em geral, o foco será produto, tecnologia e manufatura", afirmou Grace, ao ser questionada se uma nova fábrica está prevista para o país.
Foi a primeira entrevista da executiva à imprensa brasileira, em São Paulo. Grace foi anunciada em abril passado e assumiu dois meses depois. Ela ainda tem muito trabalho pela frente ao substituir a compatriota Denise Johnson, que deixou o cargo no início do ano. Agora Grace é responsável por aplicar a última fase do atual plano de investimentos. "Esta etapa é de modernização e expansão das nossas plantas", disse. Isso inclui a nova fábrica de motores em Joinville (SC), em construção. Por enquanto, a GM ainda não revela se produzirá também transmissões nessa planta, que iniciará as operações em outubro de 2012.
Cinco metas para o BrasilA antecessora Denise havia colocado como meta de gestão a qualidade dos produtos. Grace se cobra cinco. As primeiras são garantir a satisfação do cliente e a qualidade dos veículos. As outras três são assegurar a competitividade para conseguir manter a produção brasileira, desenvolver os talentos locais tanto em engenharia quanto em design e oferecer produtos com preços vantajosos e bem equipados. "Estamos estudando o que o consumidor brasileiro quer para completarmos nosso portfólio", ressalta a presidente.
De onde os recursos virão - matriz, caixa próprio ou de bancos como o BNDES -, Grace não falou. Porém, o presidente da GM para a América Latina, Jaime Ardila, fez questão de ressaltar que as operações locais têm " feito caixa" com as exportações de serviços tecnológicos, como arquiteturas globais, assessoria de motores flex e projetos de design. "Neste ano, devemos exportar US$ 500 milhões em serviços tecnológicos, o que representará 40% do total exportado, contando os veículos. No ano passado, foram US$ 300 milhões", ressaltou o colombiano.
Volt, Cobalt e Colorado Rally no Brasil
O volume do mercado brasileiro de veículos é o que sustenta o país no foco da montadora. Atrás somente dos Estados Unidos e na frente da China no ranking de importância da companhia, as vendas da marca Chevrolet no país devem subir 5% nestevano, para um volume entre 680 mil e 700 mil unidades.
O volume do mercado brasileiro de veículos é o que sustenta o país no foco da montadora. Atrás somente dos Estados Unidos e na frente da China no ranking de importância da companhia, as vendas da marca Chevrolet no país devem subir 5% nestevano, para um volume entre 680 mil e 700 mil unidades.
Embora a GM tenha perdido um pouco de participação no mercado nacional de automóveis, Grace acredita que a perda será recuperada, especialmente por causa dos novos modelo - três chegam neste ano e seis, no ano que vem.
Para ajudar na divulgação do novo portfólio, há quatro dias os protótipos Cobalt e Colorado Rally chegaram ao país, vindos da Argentina, para a exposição em diversos eventos. Os dois carros foram desenvolvidos no país. O elétrico Chevrolet Volt também é exposto em diversas cidades brasileiras, como adiantou o G1 em maio. O carro fará uma expedição pelo Brasil, chamada Volt Expedition. Na oportunidade, será testado dentro das condições brasileiras para avaliações técnicas. "Não vamos lançar a primeira geração do Volt no país, mas a segunda sim, quando a tecnologia for aprimorada", destaca Ardila.
O executivo disse que a GM lidera o mercado da América do Sul no segundo semestre. Os números de vendas não foram divulgados ainda, mas Ardila adiantou que a GM cresceu 19% na região, para 2,7 milhões de unidades. A expectativa é chegar a 5,5 milhões de unidades até o fim deste ano. "O crescimento foi forte em todos os países. Só a Venezuela estabilizou por causa de problemas locais."
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