Para alcançar a meta de entregar cerca de 23 milhões de moradias no país até 2022, o Brasil precisa dobrar o ritmo de construção, de acordo com o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). O sindicato destaca que, em 2009, foram feitas cerca de 1 milhão de habitações, pelos dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados foram apresentados em São Paulo na 19ª Feicon Batimat (Feira Internacional da Construção) que acontece de 15 a 19 de março na capital paulista.
Nesse contexto, o Sinduscon ressalta que é preciso aumentar a produtividade no setor, o que demanda investimento em qualificação dos profissionais. "E isso inclui a pré-escola e o ensino fundamental", diz Eduardo Zaidan, diretor do Sinduscon.
"Hoje já se fala em projetar edifícios em 3D para reduzir desperdícios. Será inconcebível um mestre de obras que não saiba interagir com uma tecnologia como essa", completa.
DEFICIT
O Brasil precisará de R$ 3 trilhões até 2022 para construir as 23 milhões de moradias necessárias para suprir seu deficit habitacional, de acordo com o Deconcic (Departamento da Indústria da Construção) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Além disso, o Deconcic prevê que, no mesmo período, sejam investidos R$ 2 trilhões em infraestrutura, em recursos tanto públicos quanto privados. O Brasil, de acordo com o departamento da FIESP, está abaixo da média mundial em qualidade geral de infraestrutura, com nota 3,8. A média global é 4,3, em uma escala que vai até 7.
"Não sabemos planejar, infelizmente. Vamos ter que aprender urgentemente para fazer uma Copa e uma Olimpíada brilhantes", diz Maria Luiza Salomé, diretora do Deconcic.
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