segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Redes sociais turbinam consumo de mídia tradicional

 

Pesquisa nos EUA aponta que público prefere ver TV com amigos conectados

Ver a novela, os esportes ou outras atrações na TV convencional e comentar com os amigos em tempo real tornou a experiência muito mais interessante. Se você e seus amigos estão passando mais tempo diante da TV exatamente para poder dividir opiniões online sobre o que assistem via redes sociais, não estão sozinhos. Tem muito mais gente também fazendo a mesma coisa. Essa nova forma de ver televisão e dividir os seus comentários com sua rede de relacionamentos é apenas um exemplo de como os meios offline, ou o que costumeiramente denominamos mídias tradicionais, estão sendo um tanto turbinadas pela coparticipação dos diversos dispositivos, fixos ou móveis, com possibilidades de interação online.

Em sua quinta edição, o relatório anual da Deloitte, denominado “State of the Media Democracy” (estado da democracia dos meios) revela que 71% dos norte-americanos ainda colocam a TV no topo de suas preferências no consumo de mídia. O levantamento aponta que o meio permanece como o preferido para o público ver seus programas preferidos e que, ainda, 86% dos entrevistados afirmam que a publicidade na televisão é a que mais os influencia na decisão de compra.

Foram entrevistados dois mil norte-americanos, entre 14 e 75 anos, e as questões abordaram além do poder exercido pela TV e sua concorrência com a internet, também a adoção de smartphones, a popularidade das revistas impressas e o uso da chamada “computação em nuvem” para conteúdos de diversão.

O que o estudo apontou foi que a web, o celular e as redes sociais estão envolvendo toda a experiência de ver TV do telespectador, fazendo com que as pessoas interajam entre si sobre as estreias e transmissões ao vivo desde o seu início. Cerca de 75% dos consumidores norte-americanos estão utilizando outros meios enquanto assistem à TV, segundo a seguinte divisão: 42% estão online, 29% falando no celular ou dispositivos móveis, e 26% estão enviando mensagens de texto ou estão no Messenger. Ainda, mais importante é que 61% dos norte-americanos estão numa rede social, com atualização frequente ou participação em fóruns – o que tornou para eles impossível ficar por fora do que acontece ao vivo na TV.

“Os consumidores não estão mais apenas vendo TV; estão falando sobre ela, e as conversas sobre os programas são em tempo real”, afirmou Phil Asmundson, vice chairman de tecnologia, mídia e telecomunicações da Deloitte LLP. “Ao abraçar a internet como uma plataforma que estimula o público a participar de discussões sobre seus programas preferidos, a TV está mantendo o envolvimento sobre a plateia americana. As pessoas querem fazer parte das discussões, e estão utilizando os meios como complementares”, diz. Ao integrar a internet, redes sociais e TV, Asmundson conclui que o modelo de publicidade da TV tradicional segue vivo e garantido.

Smartphones e revistas

De acordo com a pesquisa da Deloitte, 33% dos norte-americanos agora têm um smartphone, sendo que 40% dos que ainda não possuem um modelo pretendem adquiri-lo no curto prazo. Sobre a mídia impressa, 70% dos americanos, um índice que se mantém desde 2007, afirmam categoricamente que apreciam as revistas impressas, a despeito da evolução dos conteúdos para o ambiente online.

Dentre os leitores de revistas, a maioria afirma que também se aproveita da publicidade impressa para obter mais informações sobre produtos para si ou para a família. Como 85% dos entrevistados se declararam conectados à Internet, o levantamento abordou que pelo menos 51% deles já perderam algum arquivo importante, como foto, filmes ou outro conteúdo, e que boa parte está interessada num modelo de arquivo de conteúdos online que possa ser acessado com facilidade a partir de vários dispositivos – fixos ou móveis.

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