segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Plano Nacional de Banda Larga terá prioridade



 

Paulo Bernardo, novo ministro das Comunicações, afirma que terá reuniões com representantes do setor para fechar acordo

Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é prioridade para o governo de Dilma Rousseff. Foi o que afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para isso, ele acredita que até abril encerrará suas reuniões com representantes dos setores econômicos e sociais - entre empresas privadas, federais, sindicatos e associações de provedores - para chegar aos termos de acordo. 
 "A presidente reafirmou a determinação que tinha me dado em dezembro de que temos de dar prioridade total para essa questão da banda larga. Ela está muito empenhada nisso", afirmou Bernanrdo, após reunião com Dilma.

O plano já temorientações definidas. Primeiro, a Telebras fará parcerias com empresas federais para usar as redes de fibra ótica. Bernardo ainda afirmou que uma possível gratuidade do serviço de internet banda larga não está sendo discutida - e sim a cobrança de tarifas diferenciadas para garantir o acesso à população de baixa renda.

Classe média"Existe uma classe média cada vez mais numerosa, e as pessoas estão cada vez mais sedentas de ter acessoa às novas tecnologias, à informação, às novas mídias e, portanto, temos que trabalhar acelerado nesse processo", explicou. Além disso, o ministro contou que irá discutir com as empresas que atualmente prestam o serviço uma possível mudança de estratégia para baratear os valores pagos hoje pela classe média.

"Considero que há uma estratégia equivocada das empresas no Brasil de oferecer um serviço mais caro a menos pessoas. É preciso massificar o atendimento, colocar essa discussão na mesa", finalizou.

Investimentos

A Telebras terá R$ 589 milhões para implantar o PNBL e conectar 1.173 cidades à internet - um custo previsto de R$ 35 para o cidadão. Os recursos correspondem aos R$ 316 bilhões em créditos extraordinários do Poder Executivo, previstos para 2010 e empenhados no final de dezembro, somados aos R$ 273 milhões em aporte de capital previsto para 2011.

A previsão era que, em 2010, seriam liberados R$ 600 milhões, e em 2011 mais R$ 400 milhões. A diminuição dos recursos, no entanto, não tirou o otimismo do presidente e diretor de Relações com Investidores da Telebras, Rogério Santanna.

"Ainda não fiz o ajuste fino (para avaliar se será possível implantar o PNBL com R$ 589 milhões, em vez dos R$ 1 bilhão previsto). Mas acredito isso nos dará liberdade para fazer os contratos, já que os editais acabaram resultando em preços menores do que o que esperávamos. Por isso, é sim, possível", disse Santanna, após reunir-se com o novo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, a reunião foi destinada à apresentação de uma "radiografia" da estatal. "Ele [Paulo Bernardo] enfatizou a importância do PNBL e disse que essa será uma questão central para o governo, conforme já afirmou em outras oportunidades", disse Santanna.

Segundo o presidente da estatal, todas as pendências jurídicas que suspendiam os editais já foram resolvidas. Com isso, o cronograma do governo, que já havia adiado para abril o início da implantação do PNBL nas 100 primeiras cidades, está mantido.

Tvs versus políticos
Bernardo ainda disse que é contra a concessão de emissoras de rádio e televisão para políticos. No entanto, ele reconheceu que esse é um tema sensível e que ainda precisa de regulamentação."Tem uma restrição colocada na Constituição, mas não está regulamentada. Todos sabem que tem um monte de políticos que tem rádio e televisão e acho que não deveria ser permitido".

O ministro lembrou de uma entrevista que deu esta semana sobre o assunto. "Fiz uma avaliação realista, pragmática, de que acho um tema difícil, sensível, por que tem que ser aprovado no Congresso. Até brinquei que é mais fácil votar o impeachment de um presidente do que a revogação de uma concessão de rádio e TV", disse.

As informações são da Agência Brasil.

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